O evento, que contou com a participação de cerca de 50 investigadores do INESC TEC, avaliou o esforço já realizado e abriu a discussão a resultados intermédios, alguns já em fase de protótipo. Os trabalhos apresentados cobriram um âmbito alargado de investigação desenvolvida no INESC TEC e que tem por objetivo facilitar a captura, criação, transformação, distribuição e acesso a conteúdos audiovisuais de uma forma personalizada, imersiva e interativa.

“O INESC TEC tem um longo historial de investigação, desenvolvimento e transferência de tecnologia na área das tecnologias multimédia e media digitais. O FourEyes está a dar continuidade a esta aposta e o número de investigadores envolvidos no projeto é apenas mais um indicador, a somar aos resultados já conseguidos sob a forma de software, publicações e patentes submetidas, que demonstra a dimensão da atividade nesta área no INESC TEC”, refere Paula Viana, coordenadora do projeto, investigadora do INESC TEC e docente no P.Porto/ISEP.

Os resultados deverão ter impacto em vários setores de atividade, que vão das indústrias criativas aos detentores de conteúdos e fabricantes de equipamentos, mas também em outras áreas em que os conteúdos audiovisuais são cada vez mais importantes como seja no turismo, entretenimento, cultura ou mesmo retalho e desporto. “Os resultados já conseguidos irão com certeza ter um impacto positivo em termos económicos para as indústrias e empresas em que os conteúdos são a base do negócio, mas também em termos sociais, pela possibilidade de fornecer serviços mais inovadores e conteúdos mais imersivos aos consumidores finais”, declara ainda Paula Viana.

O FourEyes é uma das três linhas de ação do projeto TEC4Growth, financiado pelo programa Norte 2020. Esta iniciativa, que agrega também os sub-projetos Smiles e iMAN, pretende criar ferramentas complexas para resolver problemas de interação entre diferentes sistemas, alguns com autonomia de decisão, e colocar esses sistemas em fusão com a intervenção humana. O TEC4Growth, coordenado por Vladimiro Miranda, finaliza em junho de 2018 e conta com um investimento total de 3.8 milhões de euros.

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo à UP-FEUP e ao P.Porto-ISEP.