5º edição da VISUM Summer SchoOL DECORREU DE 7 a 14 DE JULHO

A escola de verão organizada pelo INESC TEC contou com cerca de 70 participantes, entre docentes, investigadores, estudantes de doutoramento e pós-doutoramento e empresários, de 21 nacionalidades diferentes. O tema de 2017 foi “a deteção de atividades suspeitas e reconhecimento”.

A inteligência artificial pode ajudar no combate ao terrorismo?

A edição de 2017 da VISUM Summer School englobou três tópicos: deep learning, reconhecimento de atividade humana e análise de reconhecimento facial. Mas o debate esteve essencialmente focado na Inteligência Artificial, e em específico a visão por computador.

“Queremos sempre que os alunos lidem com situações reais e atuais, pelo que este ano resolvemos falar do tema terrorismo ligado à inteligência artificial e, por isso, colocámos os alunos a desenvolver algoritmos para este fim”, explica Ana Rebelo, investigadora do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC e uma das responsáveis por esta escola.  

Numa primeira fase foram fornecidos vídeos em que os alunos tinham de seguir determinados sujeitos e tentar identificar o que estes estavam a fazer. Depois, os alunos entraram noutra fase que dizia respeito à deteção da cara e à tentativa de identificação do indivíduo, através de uma análise biométrica, com toda a dificuldade que este problema acarreta, tais como oclusão, má qualidade de captura da imagem, fundo e iluminação difícil, entre outros.

Os projetos da VISUM Summer School

Para inspirar os alunos estiverem presentes uma série de empresas que atuam nesta área, tais como Facebook, Disney Research, NVIDIA, UTRC, MOG Technologies, Canal 180 e NONIUS. Um antigo colaborador da Amazon marcou também presença.  

A competição das 18 equipas que participaram na escola consistiu em três projetos – análise de expressão facial, reconhecimento facial e reconhecimento de atividade humana.

Foi atribuído um prémio monetário no valor de mil euros (patrocinado pela Disney Research e pela UTRC) mais três kits NVIDIA Jetson TX2 (patrocinadas pela NVIDIA) à equipa vencedora, a Team Francesinhas. Os espanhóis Cristina Palmero (Noldus IT - Wageningen,Holanda) e Samuel Medrano (Geoinformatics - Münster, Alemanha) e a portuguesa Véronique Gomes (UTAD – Vila Real, Portugal) foram os vencedores da competição da VISUM.

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas. A primeira à equipa constituída pelos portugueses Carina Figueira, Duarte Folgado e João Costa, todos colaboradores da Fraunhofer Portugal. A outra menção foi a “Team 8” composta por David Cabello (Universidade de Alcalá - Madrid, Espanha), Sebastian Lutz (Trinity College - Universidade de Dublin - Dublin, Irlanda) e Soeren Strauss (Max Planck Intitute for Plant Breeding Research - Colônia, Alemanha).

A equipa de professores que integrou a edição deste ano foi composta por Vincent Lepetit, TU Graz (Austria); Samuli Laine, Aalto University (FI); Ioannis Patras, Queen Mary University of London (UK); Hamdi Dibeklioglu, Delft University of Technology (NL); e Jaime S. Cardoso, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (PT).

Os estudantes eram provenientes de Portugal, Egito, Colômbia, Síria, Alemanha, Brasil, Lituânia, Rússia, França, Espanha, Inglaterra, Bielorrússia, Holanda, Estados Unidos da América, México, Itália, Nepal, Turquia, Irão, Bulgária e Jordânia.

Para além de todo o trabalho desenvolvido ao longo da semana, os estudantes tiveram também tempo para conhecer e visitar a cidade do Porto.

A VISUM e o projeto FourEyes

A 5ª edição da VISUM esteve integrada no projeto FourEyes (Intelligence, Interaction, Immersion and Innovation for Media Industries) do INESC TEC.

"A VISUM 2017 é um resultado importante para o projeto FourEyes, não só pela atualidade do tema que aborda, mas também pelo interesse que suscitou junto dos participantes e pelo painel de oradores que reuniu.", refere Paula Viana, coordenadora do projeto, também investigadora do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC e professora do ISEP-P.Porto.

O FourEyes abrange um leque alargado de investigação desenvolvida no INESC TEC que tem como objetivo facilitar a captura, criação, transformação, distribuição e acesso a conteúdos audiovisuais de uma forma personalizada, imersiva e interativa.

Os investigadores com ligação ao INESC TEC mencionados no corpo da notícia têm vínculo à UP-FEUP, P.Porto-ISEP e ao INESC TEC.