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Vem aà a internet em alto mar (Visão)
Um projeto pioneiro a nÃvel mundial junta portugueses e noruegueses no objetivo de alargar o acesso à internet a zonas remotas do oceano, a mais de 100 quilómetros da costa.
Banda larga em alto mar. Wi-fi ou 4G a mais de 100 quilómetros da costa. Internet super-rápida em zonas remotas do oceano e a baixo custo. O futuro está a chegar à chamada Economia Azul e tem um nome inglês Bluecom+, mas é desenvolvido por portugueses. Rui Campos, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), é o coordenador desta proposta vencedora de um concurso público internacional e financiada pelos European Economic Area Grants e Norways Grants, fundos que incluem as contribuições da Noruega, da Islândia e do Liechtenstein para a redução das disparidades sociais e económicas na Europa.
Neste momento, o projeto que estará em curso durante 2016 encontra-se em fase de laboratório e de desenvolvimento do protótipo que permitirá a comunicação sem fios em ambiente marÃtimo, como alternativa ao satélite, que apresenta velocidades baixas e implica valores elevadÃssimos na sua utilização. A primeira apresentação pública do equipamento está marcada para o Verão, possivelmente na zona de Sesimbra, recorrendo a duas embarcações de um dos parceiros envolvidos, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) - o outro é a norueguesa MARLO AS, que dá apoio à área de comunicação e avaliação do projeto.
A ideia da Bluecom + começou a ser desenvolvida, com sucesso, em 2012, conseguindo-se que os pescadores de Matosinhos acedessem à internet quando vão para o mar. Agora, o consórcio querem chegar mais longe, até à s 50 milhas náuticas, através da ancoragem de balões de hélio e papagaio, que formarão entre si uma rede transmissora de banda larga a operar nas bandas de frequência da televisão analógica. "O nosso protótipo será como um ponto de acesso que permitirá extender os serviços que as pessoas estão habituadas em terra à s zonas mais remotas do oceano, através de um simples smartphone", descodifica Rui Campos. “Esta é uma novidade à escala mundial e uma alternativa à s comunicações via satélite, que são hoje a única solução disponÃvel.