O objetivo é convidar as pessoas a ficarem mais tempo e, quem sabe, a comprar mais. O sistema controla todas as variáveis do espaço, como a temperatura ou a humidade - porque cada detalhe faz a diferença entre o cliente ficar uma hora ou um minuto. Para detetar o problema (seja ele de ar abafado, funcionários da loja mal localizados ou antipáticos ou ainda música demasiado alta) foi desenvolvido este sistema que já é utilizado em lojas como a Levi's, a G-Star Raw, a Dockers ou a Nike.

Chama-se Seeplus a plataforma portuguesa desenvolvida pela Retail Pro. Partiu de um consórcio constituído pela empresa InovRetail, pelo INESC TEC (INESC Tecnologia e Ciência), pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Com um financiamento de mais de meio milhão de euros, o projeto começou a ser desenvolvido no final de 2012. A ideia é chamar mais gente e melhorar a eficácia do serviço nas lojas.

Pedro Carvalho, do INESC TEC passa a explicar o processo: "Para perceber as razões que levam a que um consumidor permaneça ou não numa loja utilizamos algumas ferramentas de localização espacial por vídeo, através de Bluetooth ou Wifi, e as diferentes variáveis sensoriais, como a temperatura, humidade, ruído, a luminosidade ou os recursos humanos, no fundo tudo que possa afetar o comportamento dos consumidores num certo espaço físico." O investigador está juntamente com Luís Corte-Real responsável pelo Retail Pro.

A plataforma pode ser utilizada de duas maneiras: como um serviço que inclui a instalação do sistema da loja, a análise dos dados e os respetivos relatórios ou como um produto, o que quer dizer que o cliente ou proprietário pode comprar todo o sistema, incluindo o software e fazer tudo independentemente.

Sábado, 11 de março de 2015