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Projeto português quer estimular a ‘economia do mar’ disponibilizando Internet a 100 KM da costa (Sapo Tek)
Internet de banda larga e de baixo custo em zonas remotas do oceano. O cenário não parece animador, mas até ao final do ano o INESC TEC quer desenvolver um protótipo que prova que este conceito é possível através de helikites.
O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) está a ser desenvolver um sistema de Internet sem fios que estará acesssível a mais de 100 quilómetros da costa. O projeto Bluecom+ está a ser feito em parceria com o Instituto Português do Mar e do Ar (IPMA) e com a empresa norueguesa de logística Marlo AS.
Na prática os investigadores portugueses querem criar uma rede de balões-papagaio de hélio que podem ser presos em bóias ao longo do mar, em embarcações ou parques eólicos. Estes pontos vão funcionar como replicadores de sinal Wi-Fi ou 4G, usando para isso o nível de espectro de longo alcance que antes era ocupado pela televisão analógica.
Atualmente para ter Internet no ‘meio’ do oceano é necessário recorrer a soluções por satélite. Mas ao disponibilizar acesso à Internet em zonas remotas do mar os investigadores acreditam estar a potenciar várias atividades ligadas à economia do mar: transporte marítimo, pesca, aquacultura, turismo, náutica de recreio e exploração de recursos minerais no fundo do mar.
“Tendo em conta a escassez de comunicações de banda larga em ambiente marítimo e a atividade crescente no mar, do nosso ponto de vista o potencial económico do projeto é muito elevado. [...] Esta é uma novidade à escala mundial”, comenta em comunicado o investigador Rui Campos.
O projeto Bluecom+ vai estar em desenvolvimento até ao final deste ano, mas já no verão as entidades vão fazer um teste ao conceito demonstrando-o em ambiente marítimo. Para isso serão usadas duas embarcações do IPMA que servirão de pontos de ancoragem aos balões.