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Portugal aposta em drones que funcionam em cenários de emergência (Dinheiro Vivo)

Projeto para melhorar comunicações conta com financiamento europeu e termina em junho de 2019.

Num cenário de emergência em que todas as comunicações falham, a solução tradicional tem sido a colocação de estações móveis suportadas por camiões. Só que esta medida tem algumas limitações. Por causa disso, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), em parceria com a Tekever, estão a desenvolver o projeto Wise, uma solução de comunicações sem fios baseada na utilização de drones como pontos de acesso “voadores”. O projeto arrancou em junho de 2016 e termina em maio de 2019.

“O que existe hoje em dia é a instalação de estações de base móveis temporárias que são suportadas em camião. Isto faz com que haja uma flexibilidade de posicionamento reduzida, na medida em que se está limitado aos locais onde é possível estacionar o veículo. Para além disso, as estações assentam maioritariamente em ligações via satélite com custos elevados e limitações de largura de banda”, explica Rui Campos, responsável pela área de redes sem fios do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC, em nota enviada às redações esta quarta-feira.

O projeto Wise permite “estabelecer, restabelecer e reforçar rapidamente comunicações em cenários de emergência, tais como incêndios ou cheias, quer para as equipas de emergência no terreno quer para as populações”. O alargamento temporário da cobertura de rede em zonas remotas e o acesso à Internet de banda larga em eventos temporários de grande dimensão, tais como festivais de verão ou manifestações, são outras das opções.

O projeto Wise está a ser financiado através de Fundos Feder através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização COMPETE 2020 e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

A questão das comunicações em cenários de emergência tem sido largamente discutida na sequência do incêndio de Pedrógão Grande, do qual resultaram 64 mortos. O Governo assumiu mesmo que a rede SIRESP registou “dificuldades de comunicações” dia 17 de junho, sobretudo na zona de Pedrógão Grande, devido a uma falha na rede fibra ótica.

Dinheiro Vivo, 26 d ejulho de 2017

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