“Queremos sempre que os alunos lidem com situações reais e atuais, pelo que este ano vamos falar do tema terrorismo ligado à inteligência artificial e, por isso, vamos colocar os alunos a desenvolver algoritmos para este fim”, refere, em comunicado Ana Rebelo, investigadora do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC e uma das responsáveis por esta escola.
Assim, a edição deste ano engloba três tópicos: deep learning, reconhecimento de atividade humana e análise de reconhecimento facial. Os alunos vão realizar projetos afetos as estes temas e apreender sobre deteção da cara e tentativa de identificação do indivíduo através de análise biométrica. Além do mais, os participantes vão ter de lidar com os desafios que acontecem em ambiente real como oclusão, má qualidade de captura da imagem, fundo e iluminação difícil, entre outros.
Mas existem outras áreas em que estes projetos podem ser aplicados, para além do combate ao terrorismo, e o evento quer também chamar a atenção para esse facto.
“Selecionar a melhor cena num jogo de futebol a transmitir na televisão através da análise de expressões faciais/atividade do público presente no estádio ou classificar o género de um filme (drama, comédia ou terror) através da análise multimodal do vídeo usando o reconhecimento de atividade/expressão/áudio são alguns exemplos de outras áreas em que os projetos que vão ser desenvolvidos podem ser aplicados”, explica a investigadora.
Para inspirar os alunos vão estar presentes uma série de empresas que atuam nesta área, tais como o Facebook, Disney Research, Nvidia, UTRC, MOG Technologies, Canal 180 e NONIUS.
No final da “Visum 2017”, o melhor projeto recebe um prémio de mil euros e 3 placas Nvidia.
São várias as nacionalidades dos estudantes que vão participar nesta iniciativa, entre elas, Portugal, Egito, Colômbia, Síria, Alemanha, Brasil, Lituânia, Rússia, França, Espanha, Inglaterra, Bielorrússia, Holanda, Estados Unidos da América, México, Itália, Nepal, Turquia, Irão, Bulgária e Jordânia.