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INESC TEC mostra tecnologias na Exponor (Ver Portugal)

Um robô para operar na indústria naval, tecnologias para gestão portuária integrada, robôs que participam em missões de busca e salvamento ou submergível robótico para aplicações civis e militares em mar profundo são algumas das tecnologias que o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) vai ter em mostra durante três dias, na 5a edição do Fórum do Mar, que se realiza de 17 a 19 de novembro na Exponor (Leça da Palmeira, Porto).

Desde tecnologias que atuam em terra àquelas que são utilizadas em mar profundo, o INESC TEC tem vindo a apostar e a reforçar várias soluções que cubram a cadeia de valor e de necessidades tecnológicas para o mar, o maior recurso natural existente em Portugal.

Todos os visitantes do Fórum do Mar e participantes na conferência do Atlântico vão poder conhecer alguns dos projetos que o INESC TEC tem vindo a desenvolver para o mar, área que desde 2014 assumiu uma particular importância para a instituição quando começou a liderar o TEC4SEA, um laboratório pioneiro na Europa que permite testar tecnologia para o mar em ambiente real.

CARLoS – um robô que opera na indústria naval

O projeto europeu CARLoS desenvolveu um robô que opera na indústria naval e que apresenta algumas das seguintes caraterísticas: grande mobilidade dentro dos compartimentos do navio, capacidade de decisão semiautónoma no trabalho a desenvolver, capacidade de soldagem autónoma de rebites, programação baseada em competências, entre outras. O CARLoS aplica os avanços mais recentes na robótica móvel cooperativa no cenário da indústria naval e está agora a ser objeto de licenciamento por parte das empresas envolvidas. Coordenado pelo Aimen Technology Centre, o projeto conta com a participação da Aalborg Universitet, Robotnik, C.A.T. progetti, Deltamatic e Astilleros Jose Valiña, que subcontrataram o INESC TEC para desenvolver este robô.

3Port – um projeto que coloca os portos portugueses na vanguarda mundial em inovação tecnológica

O Porto de Leixões e o de Viana do Castelo, geridos pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), usufruem desde setembro da ferramenta 3Port, que permite gerir várias das necessidades e dos processos de negócio das autoridades portuárias de forma integrada, mas também interagir com o público geral, que pode, por exemplo, ver em tempo real o que está a acontecer no porto. O 3Port assenta em oito módulos, sete dos quais são apenas para acesso do porto – hidrografia (dragagens e áreas navegáveis), tráfego portuário, dominial (licenças e concessões), estudos e obras, prevenção e segurança, ambiente e cadastro e património – e um público. Algumas das vantagens do 3Port são o suporte à tomada de decisão, os ganhos de eficiência e a diminuição de custos de operação, que juntas potenciam crescimento sustentável. Este foi um projeto conjunto do INESC TEC e da TRIEDE TTI com a APDL.

ICARUS – robôs capazes de dar apoio em ações de busca e salvamento em caso de grandes catástrofes

Do projeto europeu ICARUS (Integrated Components for Assisted Rescus and Unmanned Search Operations – Componentes integradas para assistência a operações de busca e salvamento) resultaram robôs capazes de dar apoio em ações de busca e salvamento em causa de grandes catástrofes. O projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas robóticas que vão auxiliar as equipas de resgate em operações de busca e salvamento, numa componente de segurança terrestre e marítima. A inovação destes robôs é a capacidade que têm para ser utilizados em cenários de crise. O INESC TEC foi responsável pelo desenvolvimento do cenário de segurança marítima, capaz de atuar, por exemplo, numa situação de desastre natural. Com um orçamento de 17 milhões de euros e sob a coordenação da Academia Militar Belga, o consórcio conta com 24 parceiros pertencentes a nove países europeus – Portugal, Bélgica, Suíça, França, Espanha, Alemanha, Itália, Polónia e Áustria.

TURTLE – a primeira plataforma robótica submarina de águas profundas em Portugal

O primeiro submergível de águas profundas existente em Portugal tem o nome TURTLE. A rondar os 1.300 quilos e o tamanho de um pequeno automóvel utilitário, a plataforma robótica permite aplicações de mercado quer civis quer militares. Civis, na medida em que é uma plataforma capaz de transportar sensores de muitas naturezas: acústicos, óticos, geomagnéticos e biológicos. Militares, pois poderá residir com autonomia durante semanas no oceano, alertando através de sons a penetração de intrusos em águas portuguesas.

O protótipo, que vai estar em exposição no Fórum do Mar e que já fez vários testes com a Marinha Portuguesa, pode ser controlado à distância máxima de oito quilómetros por um computador portátil equipado para realizar leituras de ondas sónicas e está preparado para descer até mil metros de profundidade. Aprovado pela EDA (European Defence Agency) e coordenado pela empresa A. Silva Matos, o TURTLE conta com a participação do INESC TEC, Marinha Portuguesa, CINAV e Ply.

Estes e outros projetos do INESC TEC desenvolvidos na área do mar vão estar em mostra durante três dias na Exponor.

Ver Portugal, 12 de novembro de 2015

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