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A inteligência artificial pode ajudar no combate ao terrorismo? (Beira News)
Setenta participantes, oriundos de 21 países, da “visum summer school”, dedicada à visão por computador, apresentam soluções sobre o tema ‘deteção de atividades suspeitas e reconhecimento’
A Inteligência Artificial, e em específico a visão por computador, estão em debate na cidade do Porto, desde dia 7 e até ao próximo dia 14 de julho. Cerca de 70 especialistas, entre docentes, investigadores, estudantes de doutoramento e pós-doutoramento e empresários, de 21 nacionalidades diferentes participam na “Visum Summer School”, uma organização do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que tem como tema em 2017 a “deteção de atividades suspeitas e reconhecimento”.
A edição deste ano engloba três tópicos: deep learning, reconhecimento de atividade humana e análise de reconhecimento facial.
Nesse sentido, os alunos vão ser divididos em grupos que têm como objetivo apresentar um projeto no âmbito do tema desta edição. “Queremos sempre que os alunos lidem com situações reais e atuais, pelo que este ano vamos falar do tema terrorismo ligado à inteligência artificial e, por isso, vamos colocar os alunos a desenvolver algoritmos para este fim”, explica Ana Rebelo, investigadora do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC e uma das responsáveis por esta escola.
De acordo com a investigadora, numa primeira fase, vão ser fornecidos vídeos em que os alunos vão ter de seguir determinados sujeitos e tentar identificar o que estes estão a fazer.
Depois, os alunos vão entrar numa outra fase que diz respeito à deteção da cara e à tentativa de identificação do indivíduo, através de uma análise biométrica, com toda a dificuldade que este problema acarreta, tais como oclusão, má qualidade de captura da imagem, fundo e iluminação difícil, entre outros.
Mas existem outras áreas em que estes projetos podem ser aplicados, para além do combate ao terrorismo.
“Selecionar a melhor cena num jogo de futebol a transmitir na televisão através da análise de expressões faciais/atividade do público presente no estádio ou classificar o género de um filme (drama, comédia ou terror) através da análise multimodal do vídeo usando o reconhecimento de atividade/expressão/áudio são alguns exemplos de outras áreas em que os projetos que vão ser desenvolvidos podem ser aplicados”, exemplifica a investigadora do INESC TEC.
Para inspirar os alunos vão estar presentes uma série de empresas que atuam nesta área, tais como Facebook, Disney Research, NVIDIA, UTRC, MOG Technologies, Canal 180 e NONIUS.
Um antigo colaborador da Amazon vai também marcar presença.
A equipa de professores que integra a edição deste ano é composta por Vincent Lepetit, TU Graz (Austria); Samuli Laine, Aalto University (FI); Ioannis Patras, Queen Mary University of London (UK); Hamdi Dibeklioglu, Delft University of Technology (NL); e Jaime S. Cardoso, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (PT).
A edição da “Visum 2017” vai atribuir um prémio no valor de mil euros e 3 placas NVIDIA para oferecer ao melhor projeto.
Os estudantes são provenientes de Portugal, Egito, Colômbia, Síria, Alemanha, Brasil, Lituânia, Rússia, França, Espanha, Inglaterra, Bielorrússia, Holanda, Estados Unidos da América, México, Itália, Nepal, Turquia, Irão, Bulgária e Jordânia.
A escola de verão “Visum 2017”, que está enquadrada no projeto FourEyes (http://foureyes.inesctec.pt/) do INESC TEC, vai decorrer na Porto Design Factory.
Mais informações podem ser encontradas em: http://visum.inesctec.pt/