A equipa ISEP-INESC TEC Aerial Robotics Team participou com robôs aéreos e, no desafio final, mediu forças em parceria com uma equipa de robótica submarina da Universidade de Girona, Espanha, e com a empresa alemã Cobham que competiu com robôs terrestres.

A participação portuguesa incluiu também uma equipa de investigadores do Centro de Robótica do INESC TEC (com a colaboração do ISEP e da Faculdade de Engenharia da U.Porto) com robôs marinhos integrada na equipa ICARUS, que conquistou o segundo lugar na prova final. De relevar que esta última formação integrou elementos do projeto europeu de busca e salvamento e ainda investigadores de cinco instituições europeias, e na qual os elementos do INESC TEC participaram com os robôs submarino MARES e de superfície ROAZ.

“Fomos convidados a participar nesta competição com robôs que atuam em cenários de água através do projeto europeu ICARUS. Os nossos robôs dão apoio em ações de busca e salvamento em casos de grandes catástrofes”, explica Aníbal Matos, investigador do INESC TEC e docente da FEUP, que participou no euRathlon.

O ICARUS (Integrated Components for Assisted Rescus and Unmanned Search Operations – Componentes integradas para assistência a operações de busca e salvamento) é um projeto europeu que reúne 24 parceiros de nove países – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália, Áustria, Polónia, e contou com um orçamento de 17 milhões de euros. Começou em fevereiro de 2012 e termina em janeiro de 2016.

O projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas robóticas que vão auxiliar as equipas de resgate em operações de busca e salvamento, numa componente de segurança terrestre e marítima. A inovação destes robôs é a capacidade que têm para ser utilizados em cenários de crise, como por exemplo, numa situação de desastre natural.

O que é o euRathlon Grand Challenge?

Organizado por um consórcio internacional, o Eurathlon Grand Challenge contou com a participação de 18 equipas, oriundas de 21 países, num total de 150 participantes. Pela primeira vez a nível mundial, esta competição robótica consistiu num cenário de busca e salvamento inspirado no desastre nuclear de Fukushima, Japão, em que estiveram envolvidos, simultaneamente, robôs terrestres, aéreos e submarinos.

A participação portuguesa neste mega desafio internacional – Eurathlon Grand Challenge – demonstrou a primazia da engenharia nacional. Além da conquista do primeiro e segundo lugares, as equipas nacionais conseguiram ainda arrecadar diversos prémios adicionais em competições técnicas ou cenários parcelares.