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Veleiros robóticos competem em Viana do Castelo no mês de setembro (Sapo Tek)
Embarcações 100% autónomas de todo o mundo vão navegar nas águas portuguesas do Rio Lima ainda este verão, na edição de 2016 do Campeonato do Mundo de Veleiros Robóticos. Várias aplicações inovadoras na área da robótica vão mostrar o que valem.
O Campeonato do Mundo de Veleiros Robóticos vai realizar-se este ano em Viana do Castelo de 5 a 10 de setembro, com organização a cargo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
Cerca de 50 participantes chegam a Portugal vindos de nove países – Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Finlândia, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia e China – para colocar em prova os seus “veleiros-robot”, que podem ir até quatro metros de comprimento e incluem tecnologias inovadoras na área da robótica. O único sistema de propulsão que pode ser utilizado é a força do vento.
As águas do Rio Lima foram as escolhidas para receber a edição deste ano do evento internacional, denominado oficialmente de World Robotic Sailing Championship – WRSC. O primeiro dia de competição será o de ambientação ao local e treinos, sendo que de 6 a 9 de setembro têm lugar na Marina de Viana do Castelo as várias provas do campeonato. O último dia está reservado para conferências com a apresentação de trabalhos científicos sobre embarcações à vela robóticas.
Portugal está representado no WRSC por três grupos, proveninentes da Universidade Nova de Lisboa, da Escola Naval da Marinha/CINAV e da parceria FEUP/INESC TEC. Esta irá participar com o veleiro FAST, o vencedor do mesmo campeonato em 2012, em Cardiff, no País de Gales. O FAST é uma embarcação autónoma e não tripulada que encarrega um computador das tarefas de velejar e aplica motores elétricos nas manobras do leme e manejo das velas. A energia elétrica é assegurada por um painel solar e armazenada em baterias que garantem a autonomia da embarcação.
“Queremos com este evento mostrar a importância que os veleiros robóticos têm no contexto da monitorização do oceano, quer em ações de vigilância costeira, quer pela capacidade que oferecem em termos recolha de dados oceanográficos”, explica José Carlos Alves, docente da FEUP e investigador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC.
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