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!VAMOSi - Primeiros ensaios na exploração de minérios (Jornal da Economia do Mar)

Três parceiros nacionais integra um consórcio europeu para desenvolver novos equipamentos de exploração mineral no âmbito do Horizonte 2020. Projeto de 12,6 milhões de euros envolve testes em Portugal, Reino Unido e Bósnia-Herzegovina.

O INESC TEC, a Minerália - Minas, Geoténica e Construções, Lda. e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA (EDM) são os parceiros portuguesa no projeto de I&D (Investigação & Desenvolvimento) !VAMOSi (Viable Alternative Mine Operating System), que arrancou em fevereiro, com o objetivo de desenvolver tecnologias e equipamento de exploração subaquática para minerar depósitos de matérias-primas geralmente designados por "minas de céu aberto". O projeto decorre no âmbito do Horizonte 2020, tem a duração de 42 meses e está avaliado em 12,6 milhões de euros.

Conforme se lê no site do INESC TEC, "as tecnologias vão ser testadas em dois locais portugueses, na Mina de S. Domingos, no Alentejo, e na Mina da Bajanca, na zona centro a 12 quilómetros de Viseu", bem como na Baía de St. Ives (Reino Unido) e em Vares (Bósnia-Herzegovina). "No entanto, a convicção é de que estas tecnologias sejam exploradas no futuro por toda a Europa e todo o mundo", lê-se no site. De acordo com Eduardo Silva, investigador do projeto citado no site, "o papel do INESC TEC neste projeto vai consistir, por um lado, na melhoria da tecnologia de percepção, navegação, posicionamento e consciência espacial em ambientes subaquáticos, e por outro, na garantia de uma solução integrada para a monitorização em tempo real dos parâmetros associados a um impacto ambiental". A EDM e a Minerália serão responsáveis pelo acesso a dois locais de teste em Portugal, em ambiente submerso.

Igualmente no site indicam-se os membros do consórcio ligado ao projeto. Coordenado pelo BMT Group Ltd. e sob gestão técnica do Soil Machine Dynamics Ltd, os parceiros são 17, de nove países europeus – INESC TEC, Minerália Lda e Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA (Portugal), Soil Machine Dynamics Ltd, Fugro EMU Limited, Marine Minerals Ltd (Reino Unido), Damen Shipyards Group e Trelleborg Ede Bv (Holanda), Zentrum für Telematik e.V. e Sandvik Mining and Construction G.m.b.H (Alemanha), Montanuniversität Leoben (Áustria), Geological survey of Slovenia (Eslovénia), La Palma Research Centre for Future Studies (Espanha), European Federation of Geologists (Bélgica), Federalni zavod za Geologijo e Fondacija za obnovu I razvoj regije Vareš (Bósnia e Herzegovina). No total, estão envolvidos cerca de 100 investigadores.

A importância do projeto reside no facto de "a maioria dos depósitos minerais da Europa estar em estratos aquíferos", conforme se explica no site, sendo que "esta técnica permite operar remotamente os equipamentos e não afetar o lençol freático local". "Jazidas atualmente inacessíveis, minas abandonadas ou alagadas e novas minas podem ser exploradas com este método", conclui-se. O abandono da maioria destas minas, que se registou ao longo das últimas décadas, resulta da insustentabilidade económica, ambiental e variações de preços. O êxito deste projeto permiterá explorar as riquezas dos minerais subaquáticos na Europa com métodos mais seguros e menos poluentes.

O Jornal da Economia do Mar, 1 de maio de 2015

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