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Testados robôs de salvamento em alto-mar (JN)
Oito náufragos poderiam ontem ter sido salvos em alto-mar sem intervenção direta humana se fosse real o exercício que decorreu na Base Naval do Alfelte. com equipamento não tripulado.
O exercício partiu da hipotética explosão num navio, com oito náutragos. Um avião solar com 24 horas de autonomia sobrevoou o local e enviou informações para uma base, de onde partiu depois um pequeno helicóptero, que, além de tirar informações mais precisas, atira coletes salva-vidas aos náufragos. Da base partiu depois uma embarcação também não tripulada, que já perto do local do acidente “dispara” algo parecido a um barco de brinquedo que transporta uma lancha insuflável, já com as pessoas fora de água, chega ao local uma lancha de salvamento.
A intervenção humana deu-se ao longe e envolveu apenas um sistema de comunicações integrado que é o "cérebro” de um projeto que custou à Europa 17 milhões de euros. O ICARUS (Componentes Integradas para Assistência a Operações de Busca e Salvamento), está a ser desenvolvido por 24 entidades de nove países (entre eles o INESC TEC e o Centro de investigalão Naval) e ficará concluído no fim do ano. É composto por robôs aéreos e de superfície, concebidos para salvar vidas em caso de catástrofes, em terra ou no mar. Controlados por uma única consola, identificam corpos pelo calor, veem na escuridão e entregam apoio. Lisboa foi o palco escolhido para a apresentação da componente marítima, enquanto a terrestre foi testada na Bélgica.
Jornal de Notícias, 10 de julho de 2015