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Protótipo do MarinEye vai ser apresentado este sábado no Porto (PC Guia)
Um grupo de investigadores portugueses criou um sistema autónomo que monitoriza de forma integrada os oceanos, permitindo assim uma gestão mais sustentável dos recursos marinhos e uma redução dos impactos de riscos ambientais.
O conceito de monitorização integrada dos oceanos desenvolvido pelos investigadores do projecto MarinEye (um protótipo multitrófico para monitorização oceânica) vai fornecer ferramentas que permitem identificar alterações na biodiversidade.
A apresentação do sistema vai ser feita este sábado, a partir das 16:00 horas, no Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que fica localizado no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).
O projecto, liderado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), foi desenvolvido em colaboração com vários grupos de investigação portugueses nomeadamente o INESC TEC, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – Politécnico de Leiria (MARE – IP Leiria).
O protótipo que vai ser apresentado é composto por vários módulos, incluindo multisensores e sistemas de imagem de alta resolução e de acústica. O sistema inclui ainda uma plataforma de integração dos diferentes tipos de dados que vão ser gerados.
Associado a esta plataforma existe também uma solução de software que permite visualizar e sumariar os dados, além de desenvolver uma série de modelos cujo objectivo é integrar e identificar inter-relações entre os diferentes parâmetros quÃmicos, fÃsicos e biológicos obtidos através dos diversos módulos do MarinEye.
«Estamos convictos que o conceito de monitorização integrada e sincronizada no tempo e espaço de parâmetros fÃsicos, quÃmicos e biológicos implementado no MarinEye, é essencial para o conhecimento da complexidade dos ecossistemas marinhos e será certamente, num futuro próximo implementado em diferentes observatórios oceânicos», referem Catarina Magalhães investigadora do CIIMAR e coordenadora do projecto e Eduardo Silva, coordenador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC.
«No futuro pretende-se operacionalizar esta tecnologia em contexto real e ainda integrar neste protótipo novas tecnologias, como, por exemplo, bio-sensores, no sentido de recolher o máximo de informação dos diferentes nÃveis do compartimento biológico in situ», referem os investigadores.