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Portugueses competem em cenários de simulação de catástrofes na Europa (Local)
Uma equipa de investigadores portugueses vai testar a inteligência e autonomia dos seus robôs em cenários de simulação de catástrofes. O grupo do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) vai representar Portugal no euRathlon, a maior competição de robótica da Europa, que se realiza de 17 a 25 de setembro em Piombino (Livorno, Itália).
O objetivo é fazer com que as diversas equipas testem os seus robôs
em cenários reais simulados que necessitem de uma resposta urgente, como
por exemplo em situações de catástrofes naturais. Pela primeira vez,
robôs
de terra, água e mar vão cooperar para encontrar soluções para cenários inspirados no acidente de 2011 em Fukushima (Japão).
A competição vai contar com a participação de 18 equipas, oriundas de 21 países, num total de 150 participantes que vão apresentar 40 robôs.
“Fomos convidados a participar nesta competição com robôs que atuam
em cenários de água através do projeto europeu ICARUS. Os nossos robôs
dão apoio em ações de busca e salvamento em casos de grandes
catástrofes”,
explica Aníbal Matos, investigador do INESC TEC e docente da FEUP, que vai participar no euRathlon.
A equipa composta pelo cientista é a única constituída por portugueses nesta competição.
O ICARUS (Integrated Components for Assisted Rescus and Unmanned
Search Operations – Componentes integradas para assistência a operações
de busca e salvamento) é um projeto europeu que reúne 24 parceiros de
nove
países – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália,
Áustria, Polónia –, e contou com um orçamento de 17 milhões de euros.
Começou em fevereiro de 2012 e termina em janeiro de 2016.
O projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas robóticas que vão
auxiliar as equipas de resgate em operações de busca e salvamento, numa
componente de segurança terrestre e marítima. A inovação destes robôs é
a
capacidade que têm para ser utilizados em cenários de crise, como, por exemplo, numa situação de desastre natural.
“Imaginemos que um navio de passageiros encalha ou afunda em alto
mar, mas as condições marítimas e atmosféricas não permitem às equipas
de busca e salvamento efetuar as operações de resgate de vítimas em
segurança,
uma solução será usar robôs autónomos que podem auxiliar estas equipas em situações de catástrofe”, conclui Aníbal Matos.
O ICARUS é financiado com o apoio do 7º Programa Quadro da União Europeia (FP7/2007-2013), ao abrigo do contrato de financiamento nº 285417 (Comissão Europeia, FP7 Security Programme).