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Portugal testa robôs autónomos para minas inundadas (i9 Magazine)

O sistema robótico é inovador e submersível, permitirá estudar e explorar minas inundadas e será testado em Portugal, Finlândia, Eslovénia e Reino Unido.

É um projeto de cinco milhões de euros, financiado pela Comissão Europeia, e servirá para construir os primeiros robôs do mundo capazes de operar em subsolo, de forma totalmente autónoma, sem controlo remoto.

A participação portuguesa será composta pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), Geoplano e Empresa de Desenvolvimento Mineiro.

O sistema Explorador Robótico (UX-1) que vai ser desenvolvido pretende, de forma autónoma, fazer um mapeamento 3D da mina, recolhendo informação geológica valiosa que não pode ser obtida de outra forma. Isto porque, normalmente, os segmentos inundados das minas estendem-se até grandes profundidades e o acesso é demasiado perigoso para mergulhadores humanos.

Um sistema de robôs múltiplos com base em UX-1 representa uma tecnologia inovadora, e só é possível devido aos últimos desenvolvimentos na área da autonomia.

“Para construir esta classe completamente nova de robôs enfrentamos grandes desafios ao nível da investigação, que se prendem não só com a miniaturização e adaptação de tecnologia robótica de mar profundo a  um novo ambiente de aplicação, mas também no que diz respeito à exploração completamente autónoma de ambientes complexos e à interpretação de grandes volumes de diferentes dados geocientíficos”, comenta José Almeida, investigador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC.

Em Portugal, os sistemas serão validados em minas com condições exigentes: a mina de urânio Urgeiriça, Viseu, em junho de 2018, a de feldspato/quartzo Kaatiala, Finlândia, em março de 2018 e a mina de mercúrio Idrija, Eslovénia, em outubro de 2018.

Em abril de 2019, realiza-se a demonstração final no Reino Unido, com o primeiro estudo da mina de cobre Deep Ecton, submersa quase na totalidade e inacessível há mais de 150 anos.

“Este último teste vai permitir demonstrar a escalabilidade do sistema, pode ser utilizado em missões de pequena ou larga escala, aumentando o número de drones mobilizados e suportando a cooperação de múltiplos robôs em espaços 3D confinados através de processamento sensorial e fusão de dados em tempo real para uma navegação e comunicação fiáveis”, sublinha o investigador.

Com este sistema, financiado pelo programa de investigação europeu Horizonte 2020, serão abertos novos cenários de exploração para que possam ser tomadas decisões estratégicas ao nível da reabertura das minas abandonadas na Europa. Muitas delas têm matérias-primas cruciais, e a sua análise com os robôs submersíveis permitirá tomar decisões suportadas por dados reais.

No total são 13 organizações de sete países europeus que estão a colaborar com este projeto:

– Universidade de Miskolc e Geo-montan (GEOM), Hungria;

– Sociedade Geológica da Eslovénia (CeoZS) e Idrija Mercury Heritage Management Centre (CUDHgl), Eslovénia;

– Universidade Tecnológica de Tampere, Departamento de Mecânica, Engenharia e Sistemas Industriais (TUT), Finlândia;

– Universidade Politécnica de Madrid, Centro de Automação e Robótica (UPM-CSIC), La Palma Research S. L. (LPRC), Espanha;

– Resources Computing International Ltd (RCI) e Ecton Mine Educational Trust (EMET), Reino Unido;

– Federação Europeia de Geólogos (EFG), França.

i9 Magazine, 12 de março de 2016

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