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Portugal participa em projeto europeu de exploração de minerais em zonas subaquáticas (Diário de Notícias da Madeira)

São 12,6 milhões de euros de investimento em prospeção que utilizará técnica mais segura e menos poluente.

Portugal participa num projeto europeu de prospeção e exploração de minerais em zonas subaquáticas, no valor de 12,6 milhões de euros e que utilizará uma técnica mais segura e menos poluente, foi hoje anunciado.

Segundo um comunicado de um dos parceiros portugueses do projeto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - INESC TEC), o projeto tem o financiamento do programa de investigação e desenvolvimento da União Europeia H2020 e será "uma oportunidade para explorar a riqueza dos recursos minerais subaquáticos na Europa".

Com o nome VAMOS! (Viable Alternative Mine Operating System), o projeto tem uma duração de 42 meses e vai desenvolver um robô para exploração subaquática e o equipamento associado à recolha de materiais.

Vão ser feitos testes em depósitos de minerais em quatro lugares diferentes da União Europeia, três deles depósitos minerais submersos mas em terra e outro em alto mar.

"O protótipo baseia-se em técnicas de mineração em mar profundo, pelo que vai garantir uma opção mais segura e menos poluente para o aproveitamento económico de depósitos minerais que atualmente não são exploráveis por métodos tradicionais", diz o comunicado.

O projeto tem um consórcio de 17 parceiros de nove países. Na página oficial na internet explica-se que o fundamental para a abordagem do VAMOS! é o facto de a maioria dos depósitos de minerais na Europa estar em estratos aquíferos. E a técnica permite, diz-se, operar remotamente os equipamentos e não afetar o lençol freático local.

Jazidas atualmente inacessíveis, minas abandonadas ou alagadas e novas minas podem ser exploradas com este método, lê-se na página, na qual se lembra que a Europa tem exercido a atividade mineira ao longo dos anos mas que as zonas mais profundas ainda estão por explorar.

As estimativas indicam, acrescenta-se, que o valor dos recursos minerais por explorar na Europa a uma profundidade entre os 500 e os mil metros é de cerca de 100 mil milhões de euros.

"A União Europeia consome entre 25 a 30 por cento da produção de metais no mundo, enquanto a extração de metais na União Europeia representa apenas três por cento da produção mundial", estimando-se que a Europa importa anualmente 200 milhões de toneladas de minérios, segundo a mesma página.

A título de exemplo a Europa depende do exterior em cerca de 74 por cento em relação ao cobre, em 86 por cento quanto ao níquel e em 100 por cento quanto a minerais como antimônio, cobalto ou tungsténio, entre muitos outros.

Diário de Notícias da Madeira, 19 de março de 2015

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