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Norte e Galiza desenvolvem tecnologia para melhorar limpeza da floresta (Correio do Minho)

Uma equipa que envolve entidades de Portugal e da Galiza (Espanha) está a desenvolver tecnologias para uma limpeza das florestas mais eficiente, melhorando a prevenção e diminuindo a propagação dos fogos, além de criar novos postos de trabalho.

Em declarações à agência Lusa, Filipe Neves dos Santos, investigador do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, disse que o projecto, designado BIOTECFOR, pretende desenvolver máquinas que facilitem a limpeza da floresta no Norte de Portugal e Galiza, reduzindo o esforço aplicado pelos operadores e tornando essas operações mais seguras.

Este projecto resulta de uma parceria liderada pela Forestis - Associação Florestal de Portugal e que tem como parceiros o INESC TEC, a Associación Forestal de Galicia e o Centro Tecnologico de Automoción de Galicia.

Com o BIOTECFOR pretende-se abordar a limpeza da floresta, “que tem um elevado custo e que exige mão-de-obra intensiva”, podendo ser visto como um contributo positivo para a prevenção dos fogos, afirmou Filipe Neves dos Santos.

Nesta vertente do projecto, tencionam fornecer mais autonomia às máquinas, que serão supervisionadas pelos operadores, dotando-as de dispositivos que cortem a vegetação das árvores e façam um pré-processamento da mesma, reduzindo assim o custo de transporte até ao local de processamento.

Com a biomassa recolhida nessas limpezas, como é o caso do mato, do tojo, de pequenas giestas e de árvores com até de dez centímetros, localizadas entre as árvores principais, pretendem igualmente criar novos materiais compósitos.

A finalidade “não é olhar só para o produto final, em que essa biomassa é queimada para gerar energia, mas sim procurar criar materiais biodegradáveis e amigos do ambiente, como plásticos, que podem utilizados na indústria automóvel, em electrodomésticos e outros equipamentos”, contou o investigador.

Iniciado em Janeiro de 2017, o projecto tem uma duração estimada de três anos e um orçamento total de 1,3 milhões de euros, co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 75%.

Correio do Minho, 21 de outubro de 2017

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