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Já conheces a solha-das-pedras? (Canal Superior)

Estudar as migrações de peixes, nomeadamente da solha-das-pedras, é o objetivo do programa MYTAG. Este projeto está a ser desenvolvido por uma equipa constituída por investigadores de diversos centros do Ensino Superior em Portugal.

Uma equipa multidisciplinar de biólogos, provenientes de vários centros nacionais de investigação, criou um projeto que recorre a técnicas inovadoras para estudar os movimentos ao longo do ciclo de vida das solhas. O MYTAG tem a duração de 3 anos e é uma iniciativa pioneira no desenvolvimento e integração de marcas naturais e artificiais para o estudo das migrações dos peixes.

O grupo é constituído por profissionais, no campo da biologia, do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Universidade de Coimbra (coordenador do projeto), do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), da Universidade do Porto e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Universidade de Lisboa. Fazem ainda parte engenheiros do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) do Porto.

A solha-das-pedras (Platichthys flesus), tida como espécie modelo, efetua migrações ao longo do gradiente rio-estuário-mar durante a sua vida e com elevada variabilidade nestas migrações ao longo da sua zona de distribuição. Os investigadores pretendem compreender as ligações entre os vários estados de desenvolvimento da solha e revelar a plasticidade das suas estratégias migratórias.

«A reconstrução das vias migratórias ao longo do desenvolvimento ontogénico dos peixes reveste-se de elevada importância, pois estas determinam a dinâmica populacional das espécies, padrões de colonização de habitats e resiliência às capturas», explicam os investigadores do projeto.

Dois estuários nacionais – Douro e Mondego – serão monitorizados durante dois anos, com vista à recolha de larvas juvenis e indivíduos adultos de solha-das-pedras. A colocação de marcas artificiais nos peixes permitirá avaliar os padrões de utilização do habitat estuarino e as migrações reprodutivas ao longo da costa.

Este projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e comparticipado.

Canal Superior, 3 de feveiro de 2017

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