Acções do Documento
João Peças Lopes (INESC Porto): Para mobilidade eléctrica avançar mais veículos precisam-se (Ambiente)
O administrador do INESC TEC, laboratório de tecnologia e ciência, e professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), João Peças Lopes, considera que para a mobilidade eléctrica avançar em Portugal são necessários mais veículos tendo em conta que a frota ainda é muito reduzida – apenas um em cada 500 carros é eléctrico – apesar dos novos incentivos fiscais que existem desde o início de 2015 no âmbito da Fiscalidade Verde.
“É preciso continuar um conjunto de políticas públicas que permitam promover a aquisição de veículos eléctricos, sendo que essa aquisição pode ser feita por particulares, instituições ou municípios e esses são talvez aqueles que contribuirão para que a mobilidade eléctrica comece a dar o salto”, defende em declarações ao Ambiente Online.
O investigador lembra que em termos técnicos as condições existem. “Não é esse o problema. É muito importante que apareça o carregamento rápido”, ilustra, embora este carregamento rápido não seja propriamente o tipo de carregamento que se enquadre no conceito de edifício inteligente.
João Peças Lopes lembra que é fundamental que o carregamento dos veículos eléctricos tenha origem em fontes de renováveis, mas não é necessário que essas fontes estejam instaladas nos edifícios.
“O que é importante é que haja uma utilização dos recursos renováveis
que existem no país. Para isso basta que quando há excesso de vento nas
centrais eólicas haja uma informação aos vários pontos dizendo que
nesse momento há excesso de energias renováveis, ou seja, é o momento
certo para fazer o carregamento das baterias”, explica.
O investigador participou na semana passada numa conferência
“Net Zero-Energy Buildings (NZEB’s)”, organizada pela Faculdade de
Ciências e Tecnologia, em parceria com o Laboratório Nacional de Energia
e Geologia (LNEG), que decorreu no Campus da Caparica e falou sobre a
mobilidade eléctrica nos edifícios do futuro.