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LTPLabs. Desenvolve modelos matemáticos para planeamento de produção

A LTPLabs, spin-off do INESC TEC, nasceu em 2014 com 3 colaboradores, já emprega 25 pessoas.

O desenvolvimento de modelos matemáticos para um planeamento de produção mais eficaz foi a aposta, ganha, pela spin-off do INESC TEC, a LTPLabs, que com três anos de existência, passou dos três colaboradores/fundadores, para 25 trabalhadores, com crescimentos anuais de cerca de 60%.

As perspetivas “são para continuar a crescer, para já vamos mudar de instalações, é uma espécie de corte do cordão umbilical físico com o INESC TEC, para um espaço próprio e maior”, disse ao Dinheiro Vivo, Pedro Amorim, um dos fundadores.

No entanto, a internacionalização não está no horizonte da LTPLabs a curto prazo. “É necessário crescer, mas com cuidado, para ganhar maturidade e dimensão”, referiu Pedro Amorim, acrescentando: “Sentimos que ainda temos muito mar para navegar, mas no mar português, temos que investir o nosso tempo e saber para responder a todos os pedidos que nos chegam”.

Na prática a LTPLabs é uma consultora de gestão que trabalha melhorias de desempenho significativas e sustentáveis dos clientes que trabalha. Ou seja, resolve problemas complexos de gestão, melhora os processos de tomada de decisão e torna os ambientes empresariais mais produtivos, atuando principalmente nas seguintes áreas: cadeia de abastecimento, operações e marketing e vendas.

“A LTP desenvolve soluções altamente customizadas, nunca entregando recomendações standard. A base científica da LTP torna as suas metodologias inovadoras, enquanto a sua cultura orientada ao negócio assegura resultados eficazes”, salienta Pedro Amorim.

E dá como exemplo um dos seus clientes, a Unicer, que “está a usar métodos avançados de previsão e a redesenhar processos para melhorar o planeamento da procura. Antes, num processo de orçamentação a empresa precisava de pelo menos uma semana para traçar um cenário e avaliá-lo. Agora, com a plataforma que desenhamos para a Unicer, tem dezenas de cenários e a possibilidade de os avaliar com mais profundidade”.

E, nunca trabalham com o produto, mas “sempre de um ponto de vista matemático, que nos permite explicar de onde vêm os resultados. Ou seja, com mais matemática, mais decisões e melhores resultados”. Além da Unicer, a LTPLabs opera já em diferentes mercados, como energia, retalho, bens de consumo, transportes e logística, e a Sonae MC, Worten, NOS ou a Symington são algumas das empresas cliente.

E, cada uma utiliza abordagens diferentes, desenhadas em exclusividade para o seu caso. Por exemplo, a NOS está utilizar uma abordagem holística para integrar o planeamento logístico, já para a SONAE MC está a ser afinada uma ferramenta de previsão da procura e criada uma cultura de previsão de comportamentos num retalhista da área alimentar.

 

Onde nasceu

LTPLabs, spin-off do INESC TEC, nasceu em 2014 com três colaboradores, Pedro Amorim, Bernardo Almada-Lobo e Luís Guimarães, todos professores na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que se juntaram aquando do doutoramento, onde tentavam com modelos matemáticos responder às questões do planeamento de produção.

“Em 2010, ao desenvolvermos esse trabalho, percebemos que existia uma falha no mercado, uma forma mais sofisticada e mais eficaz para a indústria. O que pensamos na altura foi um processo com uma visão científica, somos académicos, mas pensando sempre no valor do empresário, não podia ser algo trabalhado em laboratório sem ter em conta a realidade”, recordou Pedro Amorim.

E assim surgiu o primeiro trabalho, com a Unicer, “um projeto que tinha que ver com a gestão das linhas de produção e distribuição ao longo de um ano. É daí que surge a spin-off, o nome está associado a esse projeto, o nosso cartão de visita e a nossa rampa de lançamento, que também demonstra que apesar de sermos académicos, os processos e soluções que projetamos têm um valor garantido a médio prazo, como é exigido por qualquer empresário, e não a longo prazo como se mede em termos académicos”.

Criada a LTP, foi necessário contratar mais pessoas, “que são na sua maioria da Engenharia, daí a manutenção empresa próxima da casa mãe, apesar da mudança de instalações, pelo acesso à mão-de-obra altamente qualificada”, concluiu Pedro Amorim.

Dinheiro Vivo, 29 de novembro de 2017

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