O CHIC envolve 24 instituições e conta com €9,5M até 2020 para atuar nesta área. O grande objetivo passa por desenvolver um conjunto de plataformas digitais, com base em tecnologias interoperáveis, que visam a dinamização da criação de conteúdos e a sua troca entre os diferentes atores da cadeia de valor. O projeto possibilitará, assim, o desenvolvimento de uma fileira empresarial nacional do setor dos conteúdos digitais, reforçando a presença das entidades nacionais nos mercados internacionais através da disponibilização de novos produtos e sistemas que endereçam o setor, promovendo a exploração e fertilização cruzada dos resultados.

O projeto arrancou formalmente em outubro, mas foi a 14 de novembro que a primeira reunião geral, envolvendo representantes de todos os parceiros, se realizou no INESC TEC.

“Temos trabalhado há já algum tempo para construir este consórcio em Portugal. Até 2020 queremos desenvolver um ecossistema baseado em formatos abertos e tecnologias interoperáveis que promovam a dinamização da criação de conteúdos nacionais e a sua troca entre os diferentes atores da cadeia de valor”, explicou Alexandre Ulisses, coordenador do CHIC e gestor de inovação da MOG.

O CHIC prevê exportar até 2020 os novos produtos que vai desenvolver, tais como, a título de exemplo, sistemas para a transmissão em tempo real de vídeo 4k usando IP na cloud, ou um sistema de realização de TV na cloud ou, ainda, uma plataforma para a disponibilização digital do plano nacional de cinema às escolas. Os produtos serão comercializados em 77 mercados internacionais, dos quais se destacam o brasileiro, alemão, espanhol, norte-americano, russo e asiático.

“Prevemos ainda que haja um aumento na rede de parceiros atuais das empresas do consórcio em 15%. O projeto pretende também aumentar a capacidade exportadora das empresas nacionais conseguindo que, das vendas do projeto, cerca de 69% correspondam a vendas ao exterior, e aumentar o investimento em I&D por parte das empresas participantes no projeto em 20%, atingindo assim os 22 milhões de euros”, refere Artur Pimenta Alves, coordenador científico do projeto, consultor da administração do INESC TEC e Professor Emérito da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Sob a coordenação da MOG, o projeto conta com vários tipos de parceiros: empresas tomadoras de tecnologia – MOG, Cluster Media.labs, GEMA, vMuse, SisTrade e Youon, entidades do SCTN – INESC TEC, Universidade de Aveiro, Universidade Católica Portuguesa, Universidade do Porto, Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro, cinemateca portuguesa, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Universidade Aberta e Centro de Computação Gráfica, utilizadores finais – Jornal de Notícias, OSTV, Porto Canal, Tadinense Artes Gráfica, Altice Labs e GMK produções, e dois clusters – TICE e ADDICT.

O projeto está organizado em 10 pilotos, estando o INESC TEC envolvido em cinco dessas atividades e levando consigo os seus parceiros universitários FEUP, FLUP, FBAUP, UTAD, UAberta e ISEP, que no total participam em oito das atividades. No conjunto, o INESC TEC e estes seus parceiros asseguram um investimento total superior a 2 milhões de euros no projeto.

O investigador com ligação ao INESC TEC mencionado no corpo da notícia tem vínculo ao INESC TEC e à UP-FEUP.