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INESC TEC encerra comemorações do 30º aniversário com Conferência e Exposição

O INESC TEC encerrou as comemorações do seu 30º aniversário no dia 9 de dezembro. A conferência “Instituições de interface no sistema de ensino superior” decorreu das 09h30 da manhã até às 18h00, no Grande Auditório da FEUP e contou com a presença de várias personalidades ligadas à ciência, tecnologia e ensino superior e às empresas.

Evento de encerramento das comemorações dos 30 anos decorreu no dia 9 de dezembro, na FEUP e na sede do INESC TEC

A personalidade central desta sessão de abertura foi o recentemente nomeado Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor que, para além de apresentar a sua visão do papel das instituições de interface, em particular do INESC TEC, no sistema nacional de ciência e tecnologia, fez uma apresentação das linhas centrais de política pública na área da ciência e da tecnologia. Pelas 18h30, o INESC TEC inaugurou a exposição “30 anos: evidência da imagem tecnológica”.

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Qual o futuro das Instituições de Interface no sistema de Ensino Superior?

O tema da ordem do dia a 9 de dezembro de 2015, no Grande Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), foi o futuro das instituições de interface no sistema de ensino superior.

A Conferência “Instituições de interface no sistema de ensino superior” foi organizada a propósito do encerramento das comemorações dos 30 anos do INESC TEC por uma comissão liderada por José Carlos Marques dos Santos, antigo Reitor da Universidade do Porto e investigador do INESC TEC e da qual fizeram parte Gabriel Torcato David, administrador do INESC TEC, João Barroso, investigador do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG), José Luís Santos, investigador do Centro de Fotónica Aplicada, Luís Barbosa, investigador do Laboratório de Software Confiável e Paula Viana, investigadora do Centro de Telecomunicações Multimédia.

O objetivo era analisar, refletir e debater o tema, fazendo com que todos os intervenientes, incluindo as unidades de ensino, os institutos de investigação, as entidades reguladoras e de avaliação, o tecido empresarial e a sociedade em geral, apresentassem o seu ponto de vista.

As boas vindas foram dadas pelo Reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, e pelo diretor da FEUP, João Falcão e Cunha. A apresentação da sessão da manhã ficou a cargo do jornalista Luís Costa, vice-presidente da RTP Internacional.

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Logo depois, José Sarsfield Cabral – investigador do Centro de Engenharia e Gestão Industrial (CEGI), docente da FEUP e antigo pró-reitor da U. Porto, apresentou um estudo sobre a participação das Instituições de Interface na produção científica da Universidade do Porto. Na apresentação, o investigador provou estatisticamente a mais-valia das instituições de interface para a universidade, não só em termos de captação de verbas, mas também pela produção científica que têm conseguido assegurar. De acordo com José Sarsfield Cabral “as instituições de interface da U. Porto participaram em 47% da produção científica da U. Porto do período 2009-2013”.

O convidado de honra desta Conferência foi Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O Ministro falou às cerca de 300 pessoas que faziam parte da audiência sobre o papel das Instituições de Interface no desenvolvimento de Portugal. Manuel Heitor referiu uma série de casos de sucesso e inovação do INESC TEC desde a sua fundação, em 1985, na área das fibras óticas, optoelectrónica, telecomunicações, gestão autárquica, calçado e energia.

Trinta anos depois da criação do INESC TEC, o Ministro elencou algumas lições a retirar, tais como a “partilha de risco no acesso ao conhecimento e à inovação, através de parcerias entre setor público e privado, criando e fomentando emprego qualificado”, “modernização do ensino superior, promovendo o acesso ao conhecimento e, sobretudo, estimulando a formação avançada orientada por problemas e baseada em projetos” ou “facilitar o acesso a mercados emergentes”.

“Para progredir, como sociedade desenvolvida e culta, e como economia viável e baseada no conhecimento, Portugal tem de continuar a apostar no seu desenvolvimento científico e tecnológico”, afirmou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No que diz respeito às intervenções de Manuel Heitor, Artur Pimenta Alves, comissário das comemorações dos 30 anos do INESC TEC, destaca a sugestão para uma designação alternativa das instituições de interface, os Laboratórios Colaborativos.

Manuel Heitor
José Tribolet

“Acho uma ideia muito interessante e entendo que devemos explorá-la, pois o que nos distingue é, de facto, a nossa capacidade de desenvolver projetos de colaboração com outras instituições externas à universidade, para assim montarmos estratégias de inovação de médio longo prazo, que gerem valor acrescentado”, reforça Artur Pimenta Alves.

"As Instituições de Interface e a missão das Entidades de Ensino Superior"

A manhã continuou com a intervenção de seis oradores – Maria Arménia Carrondo, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), António Cunha, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e Reitor da Universidade do Minho, Rosário Gambôa, presidente do Instituto Politécnico do Porto (IPP), José Manuel Tribolet, presidente do INESC, Carlos Salema, presidente do IT e Sobrinho Simões, presidente do IPATIMUP. A moderação foi feita por António Torres Marques, do INEGI.

À presidente da FCT coube abordar a questão da avaliação pelas entidades financiadoras, onde destacou vários projetos do INESC TEC, tais como o 3Port, o ICARUS como exemplos de ligação à sociedade, o SafeCloud e o iVAMOS! como projetos desenvolvidos no âmbito do H2020.

O presidente do CRUP e a presidente do IPP explicaram a visão das entidades de ensino superior no que diz respeito às instituições de interface, mostrando que querem refletir sobre a forma de melhor as integrarem nas suas organizações, enquanto José Manuel Tribolet, Carlos Salema e Sobrinho Simões, expuseram o ponto de vista por parte das instituições de interface.

“Os desafios que se colocam às instituições de interface são essencialmente: aperfeiçoarem ainda melhor o seu modelo de funcionamento e para o fazerem – e o INESC TEC neste caso é um exemplo interessante e positivo – têm que criar entre os associados uma negociação dos seus diferentes interesses num compromisso claro, transparente e renovável”, referiu Rosário Gambôa, presidente do IPP.

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Experiências de outros países e aperfeiçoamento do modelo

O início da tarde, apresentado pelo jornalista do Público Manuel Carvalho, contou com três oradores estrangeiros que partilharam os modelos de funcionamento das suas organizações - Christer Norström, CEO do SICS (Suécia), Georg Rosenfeld, responsável de investigação do Fraunhofer – Gesellshaft (Alemanha) e Tullio Tolio, presidente do ITIA – CNR (Itália).

O painel “Aperfeiçoar o Modelo” teve início por volta das 16h00. Eduardo Paço Viana, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) moderou o debate que foi dividido em três temas – “Instituições de Interface e Entidades de Ensino Superior: modelo de relacionamento” por António Cruz Serra, Reitor da Universidade de Lisboa, “As Instituições de Interface na sua função de ligação à sociedade e às empresas” por Alberto Barbosa, membro do conselho superior do Grupo EDP, Manuel Carlos, presidente da APICCAPS e Miguel Stilwell, administrador executivo da EDP e “Modelos de Organização e Governo”, por José Carlos Príncipe, docente na Universidade da Flórida e presidente do Scientific Advisory Board (SAB) do INESC TEC.

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O último interveniente, José Carlos Príncipe, que discursou através de uma gravação de vídeo, atribuiu as razões de sucesso do INESC TEC ao seu modelo de governação, que afirma ser único. De acordo com o investigador, o modelo seguido pelo Instituto deveria ser estudado cientificamente de modo a ser aperfeiçoado e divulgado a nível internacional.

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A sessão de encerramento, que contou com questões colocadas pela audiência, reuniu o Reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, o vice-reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, António Silva, e o presidente do INESC TEC, José Manuel Mendonça, que ficou responsável pelo fecho dos trabalhos e convidou todos os presentes para a inauguração da exposição “30 anos: evidência da imagem tecnológica” que decorreu por volta das 18h30, no edifício sede do INESC TEC.

Entrevistas 30 Anos INESC TEC:

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Este vídeo foi dinamizado pelos investigadores do INESC TEC que foram responsáveis pela organização do primeiro evento das comemorações dos 30 anos do INESC TEC, “O Efeito Eureka”: Abílio Pereira Pacheco (CITE); Ana Rita Tedim (CESE), Duarte Viveiros (CAP), Francisco Maia (HASLab), Guilherme Amaral (CROB), Hélder Oliveira (CTM), Luís Guimarães (CEGI) e Samuel Moniz (CESE).

Exposição 30 anos: Evidência da imagem tecnológica

O dia terminou com a exposição de três artistas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), Adriano Rangel (docente e investigador da FBAUP), João Mariano (estudante do Mestrado de Design da Imagem da FBAUP) e David Conceição (também estudante do Mestrado de Design da Imagem da FBAUP).

O ano de 2015 celebrou, assim, mais uma colaboração entre a FBAUP e o INESC TEC. O objetivo das intervenções feitas nos espaços do Instituto era o de mostrar como a ciência pode ser vista a partir da arte.

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Adriano Rangel expôs 16 fotografias captadas no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes e Veículos Elétricos, numa exibição à qual atribuiu o nome de “Ensaios Visuais – Evidência(s) na paisagem tecnológica”.

Por sua vez, João Mariano criou uma instalação de luz “Trinta Anos de Luzes”, não só como homenagem ao trigésimo aniversário do INESC TEC, mas também por 2015 ser o Ano Internacional da Luz, decretado pela UNESCO. O dispositivo visual, através da projeção de efeitos luminosos, simbolizou cada ano dos trinta do Instituto.

David Conceição criou uma banda desenhada intitulada “Fuga INESC TEC: uma visão diacrónica”. A narrativa visual pretendia alicerçar a constituição de uma mitologia do universo da instituição. O artista apresentou uma visão diacrónica, recorrendo de modo não-linear a figuras históricas e a eventos-chave da história de quatro áreas de ação do INESC TEC.

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Foi Mário Jorge Leitão, administrador executivo do INESC TEC, quem deu as boas vindas a todos os presentes e inaugurou a exposição com um porto de honra.

Os investigadores do INESC TEC mencionados no corpo da notícia têm ligação à FEUP, IPP, UTAD, U.Minho e INESC TEC.

INESC TEC, dezembro de 2015

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