A sessão contou com abertura por parte de José Manuel Mendonça, Presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, e apresentação do autor por Pedro Guedes de Oliveira, Consultor da Administração do INESC TEC.

“Estou certo que aqueles que pegarem no livro não vão querer largar”, afirma Pedro Guedes de Oliveira, demonstrando o que é interessante é “a maneira como [o autor] tece uma ligação entre os sistemas computacionais e os sistemas biológicos” e assim questiona o futuro da inteligência.

A grande ideia que Arlindo Oliveira procurou passar com este livro é que “é muito difícil fazer previsões, acerca do que pode acontecer no espaço de uma década, e os homens não são bons a prever tendências exponenciais”. No fundo, “tudo é computação, inclusive a evolução das espécies” e no livro são exploradas as relações estabelecidas entre o cérebro e os computadores, ambos instrumentos de gestão e processamento de informação, numa combinação que procura explorar a natureza humana.

Apesar das inúmeras objeções que estas temáticas podem ter, como por exemplo a dúvida na existência da consciência humana, ou até as questões éticas e legais inerentes a uma estrutura tão delicada, o autor defende que se tratam de temas provocatórios e que a humanidade ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir determinados resultados no âmbito da tecnologia no sentido de permitir a criação de mentes digitais.

Arlindo Oliveira nasceu em 1963 e concluiu a licenciatura e o mestrado no Técnico Lisboa. Em 1989, recebeu uma bolsa Fulbright para prosseguir estudos de pós-graduação nos Estados Unidos, onde se doutorou na Universidade da Califórnia, em Berkeley, em 1994. Entre 1984 e 1989, e 1995-1999, foi investigador do INESC, em Lisboa, e, de 2000 a 2009, foi diretor (e entre 2004 e 2009 Presidente da Direção) do INESC-ID, antes de assumir a assumir a presidência do Técnico Lisboa em 2012, onde é igualmente professor no Departamento de Engenharia Informática e de Computadores. Em 2004, integrou a Direção do Conselho Geral do INESC TEC, posição que mantém até aos dias de hoje.

 O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo à UP-FEUP.