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Tem de conhecer as portuguesas que estão a mudar o mundo (Máxima)

Três investigadoras portuguesas estão a dar cartas lá fora. Com trabalhos premiados em várias frentes, Alexandra, Rita e Maria prometem revolucionar o século nas ciências da computação, neurociência e medicina. A Máxima falou com elas.

ALEXANDRA MARTINS DA SILVA

Alexandra Silva

Aos 31 anos, Alexandra Martins da Silva é uma referência no estudo de modelos abstratos, mais precisamente “na área dos métodos formais que tem como objetivo especificar, desenvolver e verificar sistemas de software e hardware confiáveis”.

Em 2013, venceu o Prémio Científico IMB, tornando-se a primeira mulher a ser contemplada com esta distinção. Fechou 2015 com um financiamento de 1,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação (ERC) para programar sistemas de redes complexas. O projeto vai ser desenvolvido na University College London, onde Alexandra é professora associada. “É o início de uma nova fase na minha carreira científica”, diz, explicando que o dinheiro da bolsa vai ser aplicada na contratação de dois doutorandos, dois alunos pós-doutorados e um professor auxiliar. “Com pessoas novas na equipa de trabalho, o que gerará muitas ideias e resultados, os próximos cinco anos vão ser cheios de energia”, assegura, sublinhando que o mais importante, para ela e “acima de tudo”, é continuar a fazer investigação. “Construir uma equipa com uma dinâmica de família: pessoas a trabalhar em problemas similares e a puxar para alcançar um objetivo comum.” Licenciada em Matemática e Ciências da Computação lia Universidade do Minho, onde se destacou como a melhor aluna de todos os cursos entre 2001 e 2006, a portuguesa pretende ainda “continuar a construir a ponte entre a matemática e as ciências da computação”.

Alexandra Martins da Silva nasceu em Chaves, onde teve uma “infância normal”. Da primária recorda a “muita atenção” que teve dos professores, pois estava inserida numa turma com menos de dez alunos. Já os que a acompanharam no ensino secundário, “foram especiais e decisivos para embarcar na aventura da matemática e, mais tarde, das ciências da computação”. Virou-se para esta última por influência de um irmão, pois a ideia inicialmente era estudar Matemática Pura. Saiu de Portugal há dez anos. Primeiro veio o doutoramento na Universidade na Holanda, depois a oportunidade de ser professora associada da University College London — “É uma das melhores universidades da Europa, um sítio excelente para continuar a minha carreira” —, mas manteve sempre uma ligação estreita com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), como investigadora.

Na vida pessoal, como na profissional, Alexandra sente-se completa. Cita Sherl Sandberg que disse um dia que “a decisão (de carreira) mais importante da vida de uma mulher é o homem com quem ela casa”, confidenciando que teve a “sorte de encontrar” Adam Koprowsky, o marido. Com o engenheiro polaco da Google passa os “dias mais felizes”.

Máxima, fevereiro de 2016

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