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Rede social já junta mais de 2.500 pessoas (Jornal de Notícias)

Falar sobre Cancro Plataforma lançada em janeiro tem informação sobre a doença e espaço de comunicação.

Chama-se "FalarSobreCancro.org", mas na realidade é muito mais do que isto. A plataforma serve para que os utilizadores troquem experiências, expressem angústias, mas também para que digam um simples "olá".

Lançada em finais de janeiro, esta espécie de rede social conta já com mais de 2500 inscritos. Maria dos Anjos Leite é utilizadora assídua e fala do portal como uma "mensagem de esperança".

Que o diga Paulo Magalhães, doente oncológico desde 1993 e que é tido como o exemplo vivo de que um diagnóstico não é uma sentença. Saber que se é oncológico não é fácil. E ajuda falar com outros doentes. Por isso, e porque "escrever torna as coisas mais simples", Paulo diz que gostaria de ter podido, há 20 anos, contar com uma plataforma assim.

Na rede, Paulo fala de dúvidas e sentimentos que "não se conversam com muita gente", porque "é preciso estar-se por dentro para se perceber do que se fala, quando o tema é cancro".

A rede tem também depoimentos de quem saiu vencedor, e tudo conta na hora de ajudar. "Basta um 'bom dia. Tenham uma boa semana', para sentirmos que há gente do outro lado", conta Maria dos Anjos. O espaço é também utilizado por familiares e amigos de doentes oncológicos, que procuram, e encontram, formas de ajudar.

Apoio do IPO

O portal foi criado por Nuno Martins, docente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos, que estudou, para o doutoramento, a comunicação entre doentes oncológicos e instituições cuidadoras, como o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

Aliás, esta instituição é peça fundamental, isto porque a rede conta com um boletim clínico feito, em linguagem acessível, pelos médicos daquele instituto. A ideia é facultar informação sobre a doença, mas também, por exemplo, "formas de explicar o cancro a crianças", explica Eunice Silva, psiquiatra do IPO.

O portal funciona também como um "local de observação", para que o próprio IPO melhor perceba o mundo dos doentes. "É um espaço para dúvidas rápidas, como se as pessoas estivessem numa sala de espera a conversar", diz Nuno Martins. O registo na plataforma é gratuito.

Jornal de Notícias, 20 de fevereiro de 2016

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