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Laboratório português lidera investigação que quer tornar invioláveis dados "em nuvem" (Diário de Aveiro)

Uma aplicação para telemóveis, que permite tirar fotografias, guardá-las na nuvem (espaço de armazenamento virtual) e que garante a total privacidade e integridade dos documentos, pode chegar ao mercado até ao final do ano, adiantou o coordenador do projecto.

O Safe Cloud (Nuvem Segura) é o projecto de investigação liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), com financiamento da Comissão Europeia, que contribuiu com três milhões de euros para o projecto que pretende tornar invioláveis todos os dados armazenados virtualmente, independentemente de quem seja o proprietário dos servidores e computadores, onde a informação esteja guardada. A aplicação, que deverá ficar disponível até ao final do ano em várias plataformas e sistemas operativos, será gratuita para o utilizador final, e pretende ser o instrumento para chamar a atenção para os objectivos do projecto, explicou o coordenador Rui Oliveira à Lusa. Privacidade, integridade dos dados e segurança na transmissão da informação para a cloud (nuvem) são os objectivos da investigação que tem por objectivo desenvolver software e tecnologia de acesso público, que possa ser utilizado por cada cidadão, a nível individual, mas que também possa servir objectivos e necessidades de segurança das empresas. Uma das empresas parceiras do projecto, e que trabalha com análises clínicas, poderá ser um dos beneficiários imediatos do projecto, referiu Rui Oliveira.

“Não se pode pôr informação desta na nuvem sem total garantia de privacidade. Estas empresas não podem ainda tirar partido das possibilidades da nuvem ”, disse. Rui Oliveira disse que as garantias de privacidade actualmente existentes se traduzem em algo “muito vago”, como acordos de utilização em que as empresas detentoras da tecnologia que permite armazenar informação de forma virtual se comprometem a “não vasculhar” o que é guardado e a defender a in formação de ataques de hac kers (piratas informáticos). “Um objectivo deste projecto é que, de uma forma criptograficamente segura, nada na cloud possa ser acedido por hackers nem pelos donos da nuvem”, explicou o coordenador do SafeCloud , que acrescentou que, com o software que está a ser desenvolvido, a confiança nas garantias de privacidade dadas pela empresa que fornece o serviço deixa de ser necessária.

Outros dos objectivos passa pela garantia da integridade dos dados, impedindo qualquer manipulação, adulteração ou até eliminação de informação guardada na nuvem sem que essa violação dos dados seja “absolutamente visível” para o dono da informação.

O SafeCloud pretende ainda tornar absolutamente seguro o processo de armazenamen to, ao garantir que durante a comunicação dos dados do dis positivo para a nuvem não seja possível qualquer intervenção ou ataque externo.

Poderá ainda ser possível através da aplicação ter uma identificação de quem violou a privacidade ou integridade da informação. O projecto envolve 30 investigadores de laboratórios, universidades e empresas de Portugal, Suíça, Alemanha e Estónia.

Diário de Aveiro, 4 de novembro de 2015

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