O projeto MarRISK pretende contribuir efetivamente para melhorar a capacidade para uma gestão sustentada da zona costeira através da consolidação do conhecimento sobre os processos que aumentam os riscos costeiros, incluindo os decorrentes de eventuais alterações climáticas, preenchendo lacunas e desenvolvendo ferramentas que convertam a informação processada em “serviços climáticos” úteis para o planeamento que os decisores, e outros stakeholders que desenvolvam atividades ligadas à costa e ao mar, precisam de fazer. O INESC TEC é responsável pela conceção e pelo desenvolvimento de uma plataforma de serviços de alerta climáticos, no sentido de contribuir para a criação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais marinha.

O projeto fomenta o envolvimento com autoridades e stakeholders (câmaras municipais, instituições estatais como a CCDR-N, empresas portuárias como a APDL, associações ambientalistas e empresas com atividades ligadas ao mar, entre outras), que considera de extrema importância, uma vez que estes são os principais destinatários, a nível local e regional, e que deles depende a adoção de medidas que possam aumentar a resiliência e mitigar os efeitos dos processos costeiros e, em particular, aqueles que podem vir a ser agravados pelo efeito das alterações climáticas.

Os efeitos climáticos serão estudados em termos de parâmetros físico-químicos, biológicos e morfo-sedimentares, focando-se o projeto no desenvolvimento de serviços climáticos que permitam aumentar a resiliência a riscos de inundação e de erosão, e o seu impacto para os recursos naturais – incluindo a aquacultura e as pescas – e populações, agentes económicos (indústria, turismo) e estruturas costeiras – com destaque para as zonas portuárias.

O INESC TEC participa neste projeto através do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG), com os investigadores Artur Rocha, Lino Oliveira, Paulo Monteiro e Alexandre Costa.

O consórcio é constituído por 13 parceiros, de Portugal e Espanha, que, além do INESC TEC, inclui universidades (de Vigo, Minho, Aveiro), institutos, centros de investigação e agências (CIIMAR, IPMA, IH, APA, CETMAR, INTECMAR, IIM-CSIC), que visam estabelecer uma rede transfronteiriça dedicada aos riscos costeiros.

O projeto tem um orçamento de quase 3 milhões de euros, cofinanciado a 75% pelo FEDR, e a duração de 36 meses.

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC.