Acções do Documento
INESC TEC inaugura Laboratório de Realidade Virtual mais avançado da Península Ibérica
Foi no dia 18 de setembro que o INESC TEC inaugurou o MASSIVE Virtual Reality Laboratory, o mais avançado da Península Ibérica na área. Situado no polo que o INESC TEC tem na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, a inauguração contou, entre várias outras personalidades, com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
O auditório da Escola de Ciências e Tecnologia (Polo I) do Campus da UTAD encheu-se na manhã de dia 18 de setembro para assistir à inauguração do MASSIVE.
O Reitor da instituição, António Fontainhas Fernandes, abriu as hostes. Só depois interveio José Manuel Mendonça, presidente do INESC TEC, Maximino Bessa, investigador do INESC TEC e responsável pelo Laboratório, e o Ministro Manuel Heitor. Na mesa de honra marcaram ainda presença o Presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, e o Presidente do Conselho Geral da UTAD, José da Silva Peneda.
O MASSIVE foi descrito pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, como um potencial centro de atração de jovens para o Ensino Superior e para a atividade científica e uma ajuda para ultrapassar o “maior desafio” da sociedade, a criação de emprego.
Pouco depois, já nas instalações do MASSIVE, o Ministro foi convidado a viajar até ao miradouro da Galafura para observar o rio Douro e as vinhas.
Terminada esta visita foi tempo de Manuel Heitor vestir a pele de um bombeiro e treinar as condições de segurança que estes profissionais podem encontrar numa sala em chamas. O Governante passou todos os testes e a visita ao laboratório continuou com os restantes convidados.
Porque é que o MASSIVE é o mais avançado da Ibéria na área da realidade virtual?
Porque, ao contrário dos restantes laboratórios de realidade virtual existentes na Península Ibérica que apenas privilegiam o sentido da visão e da audição, o MASSIVE distingue-se por estudar a estimulação dos 5 sentidos em aplicações de Realidade Virtual, não só no que diz respeito à investigação fundamental, mas também a um nível aplicacional.
Ali é possível explorar a audição, a visão, o cheiro, o sabor e o tato através de vários simuladores.
O fator diferenciador do MASSIVE está na produção de soluções de realidade virtual multissensorial que permitem criar ambientes mais credíveis e eficazes em áreas como a educação, treino e certificação, indústria, turismo ou saúde.
O laboratório está equipado com as mais recentes tecnologias na área da Realidade Virtual, que se encontram organizadas em quatro espaços diferentes: sala experimental, sala experimental multissensorial, sala de controlo e sala de questionários.
Os objetivos do MASSIVE
“O objetivo agora é tornar o laboratório um espaço aberto à colaboração com a comunidade académica e industrial. Pretendemos apoiar a competitividade da economia recorrendo às soluções tecnológicas de que dispomos”, explica Maximino Bessa, investigador do Centro de Sistemas de Informação e Computação Gráfica do INESC TEC responsável pelo laboratório, que também é docente na UTAD.
De acordo com o investigador, a realidade virtual pode ser aplicada a quase todas as áreas e, por isso, o laboratório pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de novos produtos, novas soluções e serviços e até ajudar a avaliar produtos que já existem no mercado.
Para isso, são 20 os investigadores que trabalham no MASSIVE e que juntos formam uma equipa multidisciplinar em áreas como a psicologia, informática, eletrónica ou neurociências. Esta equipa tem tendência a aumentar com o aumento dos projetos.
Os projetos que estão a ser desenvolvidos no Laboratório
Atualmente estão já a decorrer três projetos no laboratório.
O projeto HDR4RTT é cofinanciado pelo Office of Naval Research, uma agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, e tem como objetivo investigar e desenvolver novos algoritmos para imagens de elevada gama dinâmica (HDR) para seguir e exibir de forma robusta, em tempo real, vários objetos em condições extremas de iluminação.
Por sua vez, o projeto DouroTUR tem como objetivo colmatar o fosso existente entre as potencialidades do Douro e o seu desenvolvimento, maximizando o papel do turismo na estimulação da economia local, sob uma perspetiva sistémica e holística.
Já a linha de investigação FOUREYES relativa ao projeto TEC4GROWTH tem como objetivo facilitar a captura, criação, transformação, distribuição e acesso a conteúdos audiovisuais de uma forma personalizada, imersiva e interativa.
O investimento feito no laboratório ascende a cerca de 700 mil euros, financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) através do projeto MASSIVE – Multimodal Acknowledgeable multiSenSory Immersive Virtual Environments (RECI/EEI-SII/0360/2012) e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do projeto “TEC4Growth – Pervasive Intelligence, Enhancers and Proofs of Concept with Industrial Impact” (NORTE-01-0145-FEDER-000020) enquadrado no programa NORTE2020 no âmbito do plano PORTUGAL2020.
Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, à UTAD e à UP-FEUP.