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Tecnologia controla óleos de fritura e protege saúde (Smart Cities)
Uma nova tecnologia, desenvolvida em Portugal, permite controlar a qualidade dos óleos de fritura, evitando o surgimento de doenças degenerativas, oncológicas ou envelhecimento precoce. O sistema inovador, da autoria do INESC TEC, AMBIFOOD, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e do Laboratório de Química da ASAE, funciona através de sistemas ópticos e de software de registo e controlo de dados via smartphone.
A solução, fruto de um projecto intitulado de EYEFRY, compreende um “dispositivo de leitura que gera os resultados e os transmite para um smartphone, que, por sua vez, está conectado com o sistema geral de controlo de dados através de um software próprio”, específica o INESC TEC, em comunicado.
O produto destina-se às entidades que actuam na indústria alimentar para quem o controlo da degradação de óleos alimentares é obrigatório. Entre os principais objectivos estão o cumprimento da legislação em vigor, que estipula o valor máximo de 25% para a “presença de compostos polares num óleo de fritura”, e o facto de os sistemas de análise actuais “não corresponderem às necessidades das empresas”.
A pensar nisso, a tecnologia desenvolvida evita “custos desnecessários, controlando mais correctamente o óleo e prolongando a sua vida útil de utilização dentro dos valores adequados”, afirma António Gaspar, coordenador do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG) do INESC TEC e responsável por este projeto, que contou também com a colaboração do Centro de Fotónica Aplicada. Além disso, preserva a saúde dos consumidores, ao permitir "a utilização de óleo não degradado a níveis nocivos para a saúde".
A ideia principal do projecto, que contempla o registo de patentes para vários países, foi “investir numa solução que conjugasse a facilidade de uso, o baixo custo analítico e com resultados confiáveis”, explica Artur Melo e Castro, CEO da AMBIFOOD. “Foi nesse sentido que quisemos entrar num mercado em expansão, com um produto inovador capaz de criar postos de trabalho dedicados e tendo em vista a internacionalização”, acrescenta.
Os resultados deste projecto, nomeadamente o equipamento de medida e o software de aquisição e processamento de dados, serão apresentados pelo INESC TEC num workshop a realizar no próximo dia 30. O mesmo evento servirá de palco para a discutir, entre outros, o impacto do controlo dos óleos alimentares na saúde pública. A inscrição é gratuita e pode ser feita aqui.
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