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Sabia que o laboratório de realidade virtual mais avançado da Península Ibérica está em Vila Real? (Renascença)

Ali é possível explorar, para além do áudio e visual, outros sentidos como o cheiro, o tacto e o sabor e controlar a temperatura com simuladores de vento e aromas. Há também capacetes que medem a actividade cerebral e um olfatómetro que mede a intensidade dos odores.

Chama-se “Massive Virtual Reality Laboratory”, é o laboratório de realidade virtual mais avançado da Península Ibérica, e é inaugurado esta segunda-feira, em Vila Real.

O Massive Virtual Reality Laboratory distingue-se dos restantes laboratórios de realidade virtual porque ser multissensorial.

“Vai produzir soluções de realidade virtual multissensorial que permitem criar ambientes mais credíveis e eficazes em áreas como a educação, treino e certificação, indústria, turismo ou saúde”, explica à Renascença, Maximino Bessa.

O investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e responsável pelo Massive Virtual Reality Laboratory, explica que ali “é possível explorar, para além do áudio e visual, outros sentidos como o cheiro, o tacto e, para o sabor, é utilizada a realidade mista”.

Seguro de que a “realidade virtual pode ser aplicada a quase todas as áreas, desde a saúde, em que já é usada para o tratamento de fobias ou o treino de cirurgias, na promoção de destinos turísticos ou em jogos, área que tem registado um forte incremento”, Maximino Bessa considera que o novo laboratório pode “desempenhar um papel importante no desenvolvimento de novos produtos, novas soluções e serviços e até ajudar na avaliação de produtos que já existam no mercado”.

Localizado na Escola de Ciência e Tecnologia (Polo I) no campus da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), em Vila Real, o novo laboratório do INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) representa um investimento de cerca de 700 mil euros.

Seis salas com a mais recente tecnologia e uma equipa multidisciplinar

A infra-estrutura é composta por seis salas. Assume relevo principal a sala multissensorial, onde é “possível controlar a temperatura e onde há simuladores de vento e aromas. Há também capacetes que medem a actividade cerebral e um olfatómetro que permite medir a intensidade dos odores”.

Numa outra sala está colocada uma esfera de grandes dimensões que é uma passadeira omnidirecional e que permite a exploração do ambiente virtual de uma forma ilimitada.

Equipado com as mais recentes tecnologias na área da realidade virtual o desafio agora é “tornar o laboratório um espaço aberto à colaboração com a comunidade académica e industrial”, explica Maximino Bessa.

“Pretendemos apoiar a competitividade da economia recorrendo às soluções tecnológicas de que dispomos”, frisa o investigador.

O “Massive” é constituído por uma equipa multidisciplinar, de áreas como a psicologia, informática, electrónica ou neurociências. São 12 bolseiros e oito investigadores seniores, mas, segundo o responsável, a equipa tenderá a crescer com o aumento dos projectos.

As conquistas

E são vários os projectos a decorrer no novo laboratório. Maximino Bessa diz que os mais recentes estão relacionados com o treino de bombeiros ou de procedimentos clínicos.

O “SIMPROVE” visa o treino de médicos ou enfermeiros para a realização de procedimentos clínicos de doenças, por exemplo, raras.

“Quando temos um tipo de doença que é muito rara, os profissionais só têm contacto com isso uma ou duas vezes por ano, o que não permite uma regularidade do treino. Com um simulador deste género nós conseguimos fazer com que todas as semanas seja possível realizar esse treino”, explica.

Outro projecto está relacionado com a simulação de um treino real para bombeiros, simulando, através de luvas e óculos de realidade aumentada, um edifício em chamas e até o calor do fogo.

Já o projecto “DouroTur” visa “colmatar o fosso existente entre as potencialidades do Douro e o seu desenvolvimento, maximizando o papel do turismo na estimulação da economia local, sob uma perspectiva sistémica e holística”.

Apesar de ainda estar em fase de desenvolvimento, já é possível, com óculos, auscultadores e um comando viajar até ao miradouro de São Leonardo da Galafura, um dos mais emblemáticos do Douro e que tem uma vista privilegiada sobre o rio e as vinhas em socalcos.

Rádio Renascença, 18 de setembro de 2017

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