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Projeto português pretende aumentar a autonomia e a inclusão de invisuais (Mundo Português)

O INESC Tecnologia e Ciência (INESC TEC) criou uma plataforma digital móvel que pretende aumentar a autonomia dos cegos ou de pessoas com visão reduzida. O CE4BLIND (Context Extraction for the blind using computer vision) está a ser desenvolvido em colaboração com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a Universidade do Texas, Estados Unidos, e vai integrar as mais recentes tecnologias de imagem 3D para melhorar o reconhecimento de conteúdos digitais e objetos reais.

Aumentar a autonomia dos cegos ou de  pessoas com visão reduzida, ao permitir que  realizem um maior conjunto de atividades e  melhorem assim a sua qualidade de vida,  é o objetivo do CE4BLIND, que vai integrar  as mais recentes tecnologias para dispositivos móveis e pequenas câmaras, como o  Project Tango, o SmartEyeglass ou smartphones com aplicações personalizadas, entre outros.

“A leitura automática de texto de livros,  revistas, ementas de restaurantes ou o reconhecimento de embalagens alimentares,  com recurso a técnicas de visão por computador, são algumas das funcionalidades que  irão ser integradas nesta plataforma. O objetivo é obter uma plataforma digital de apoio  inteligente e combate à infoexclusão digital  dos invisuais, fazendo-os sentir integrados  e produtivos na sociedade digital”, explica  João Barroso, investigador do INESC TEC e  docente na UTAD responsável pelo projeto.

“Para além destas técnicas de visão por  computador vão ser exploradas novas formas de interpretação de dados 3D de objetos estáticos e em movimento. Interfaces  hápticas e objetos táteis podem ser criados  a partir dos respetivos modelos adquiridos  do mundo real. Deste modo pretende-se melhorar a perceção do mundo real pelos cegos”, informa o INESC TEC.

A plataforma vai estar disponível para  computadores mas também para equipamentos móveis, segundo explica o instituto, dando seguimento a uma linha de investigação que está a desenvolver desde 2008  e que procura uma maior ligação à realidade  empresarial através da colaboração com a  Universidade do Texas, em Austin (UT Austin).

O projeto conta também com a participação da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que disponibiliza  os recursos humanos para a realização de  testes extensivos com a plataforma digital  móvel.  Entre os projetos já desenvolvidos nesta  área pelo INESC TEC estão o SmartVision,  voltado para orientação no espaço e alerta  inteligente de obstáculos e pontos de interesse. Seguiu-se o Blavigator, que recorria  a uma bengala eletrónica e uma aplicação  que recebia informação geográfica através  do telemóvel.  A bengala possui uma antena, um leitor de identificadores de rádio frequência e  toda a eletrónica que permite fazer a leitura  desses identificadores - que poderão ser colocados na via pública ou em edifícios, funcionando como fonte de informação que é  transmitida ao utilizador pelo sistema.

Mundo Português, 24 de abril de 2015

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