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Portugal e Espanha compilam dados para aumentar resiliência à erosão costeira (TSF)

Investigadores portugueses e espanhóis estão a compilar conhecimento e a desenvolver tecnologias para melhorar a capacidade das estruturas costeiras e da população reagirem a erosões costeiras e inundações causadas pelas alterações climáticas.

O objetivo do projeto MarRISK é criar soluções que permitam aumentar a resistência a essas situações de crise, e calcular o seu impacto nos recursos naturais (incluindo a aquacultura e as pescas), nas populações, nos agentes económicos (indústria e turismo) e nas estruturas costeiras, com destaque para as zonas portuárias, disse à Lusa Artur Rocha, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), uma das entidades envolvidas no projeto.

"Existe bastante informação sobre estas matérias, mas a mesma está dispersa, sendo necessário criar uma base de conhecimento comum que possa ser utilizada e reutilizada pelos intervenientes para fazer análises e, com essas, melhores as previsões", indicou.

Este projeto, coordenado pela METEOGALICIA -- Secretaria Xeral de Calidade e Avaliación Ambiental, pretende desenvolver ferramentas que convertam a informação processada em serviços que possibilitem um planeamento das atividades ligadas à costa e ao mar, nos casos de crise.

O INESC TEC é a entidade portuguesa responsável pela de serviços de alerta climáticos, que englobam aplicações e páginas 'web' com informação sobre episódios de crise bem como as práticas a adotar, que podem ser utilizadas por todos os intervenientes do setor do mar, contou o investigador.

"As comunidades do Norte de Portugal e da Galiza têm uma afinidade grande às atividades marítimas ao nível económico e também social, sendo fortemente afetadas por eventos relacionados com as alterações climáticas, como as inundações costeiras", explicou Artur Rocha.

Segundo indicou, as alterações climáticas e as erosões que têm ocorrido na costa vão aumentando de ano para ano, trazendo alterações às quais é preciso estar ciente e tomar medidas.

O MarRISK envolve câmaras municipais, instituições estatais, empresas portuárias, associações ambientalistas e empresas com atividades ligadas ao mar, entre outras.

"Estes são os principais destinatários, a nível local e regional, dependendo desses a adoção de medidas que possam aumentar a resiliência e mitigar os efeitos dos processos costeiros, especialmente aqueles que podem vir a ser agravados pelo efeito das alterações climáticas", afirmou Artur Rocha.

O consórcio é constituído por 13 parceiros de Portugal e Espanha, que, além do INESC TEC, inclui as universidades (Vigo, Minho e Aveiro), institutos e centros de investigação, como o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Instituto Hidrográfico (IH), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Centro Tecnológico del Mar - Fundación CETMAR, o Instituto Tecnolóxico para o Control do Medio Mariño de Galicia (INTECMAR) e o Instituto de Investigaciones Marinas (IIM-CSIC).

O INESC TEC participa neste projeto através do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG), com os investigadores Artur Rocha, Lino Oliveira, Paulo Monteiro e Alexandre Costa.

O MarRISK, aprovado pelo POCTEP (Programa Operativo Transfronteiriço Portugal - Espanha), tem um orçamento de quase 3 milhões de euros, cofinanciado a 75% pelo FEDER, e a duração de três anos.

TSF, 10 de novembro de 2017

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