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Aplicação permite gravar e transcrever consultas (Diário de Leiria)
Uma aplicação que permite gravar as consultas médicas, com autorização do profissional de saúde, e transcrever e armazenar o conteúdo das conversas para que os pacientes tenham acesso à informação, está a ser desenvolvida por investigadores do Porto.
Uma aplicação que permite gravar as consultas médicas, com autorização do profissional de saúde, e transcrever e armazenar o conteúdo das conversas para que os pacientes tenham acesso à informação, está a ser desenvolvida por investigadores do Porto.
O objectivo da aplicação HealthTalks é "melhorar a comunicação entre os pacientes e os profissionais de saúde e auxiliar a gestão de informação de saúde pelos próprios pacientes", explicou à Lusa João Monteiro, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), um dos responsáveis pelo projecto.
A aplicação, que poderá ser instalada em dispositivos com o sistema operativo Android, é adequada para todos os pacientes adultos que falem português ou inglês, com a possibilidade de serem acrescentados mais idiomas no futuro.
Ao concluir a gravação é criada automaticamente uma nova página de consulta com essa gravação associada, na qual podem ser especificados detalhes sobre a conversa com o médico, dados sobre o estabelecimento de saúde a sua especialidade, indicou o investigador. "Prevendo situações em que a aplicação possa ser utilizada por cuidadores de saúde, pode também ser indicado qual o paciente associado a cada consulta", contou.
Estes dados são armazenados localmente e permitirão pesquisas futuras bem como edições ao nÃvel da informação e a adição de notas.
João Monteiro salientou que, para cada gravação, o utilizador pode solicitar a transcrição do áudio e, no texto, serão identificados os conceitos mé- dicos e apresentadas mais informações sobre qualquer um deles.
Embora as funcionalidades da HealthTalks não sejam exclusivas, "a criação de uma aplicação que implemente todas essas funcionalidades num só sÃtio e as associe a consultas médicas é algo que ainda não tinha sido feito", acrescentou o investigador.
Diário de Leiria, 22 de novembro de 2017