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Altice Labs: o ponto central da inovação da Altice fica em Aveiro (PC Guia)

Inovação e investigação – foram estas algumas das palavras mais usadas durante a apresentação da Altice Labs, que tem como principal função ser o centro nevrálgico do ecossistema de inovação do grupo.

Aproveitando a infraestrutura e também o capital humano do até agora Centro de Inovação da PT, que beneficia da estreita colaboração com a Universidade de Aveiro, o grupo de telecomunicações destaca as potencialidades da articulação com outros grupos de trabalho e inovação, como é o caso de França, Israel ou da República Dominicana.

De acordo com Alexandre Fonseca, CTO da Portugal Telecom, houve mais razões envolvidas para o aproveitamento da estrutura da cidade de Aveiro, incluindo o «footprint invejável e o capital intelectual português. 200 milhões de pessoas em todo o mundo usam inovação inventada nesta casa», fazendo referência ao conceito de pré-pago.

O Altice Labs inclui três edifícios, por onde se distribuem engenheiros que trabalham em áreas tão diversas quanto Internet of Things, desenvolvimento de rede 5G ou até projectos de realidade virtual.

Armando Pereira, o chairman da Portugal Telecom, explica que este é um dia importante, em que é possível dar continuidade a uma relação de vários anos com o chairman do grupo Altice, Patrick Drahi. «Decidimos tirar partido da experiência do nosso grupo internacional nas telecomunicações, redes, conteúdos e inovação. Os portugueses têm o futuro, a criação, a descoberta e inovação no centro das nossas vidas.» Questionado sobre os custos do centro, Armando Pereira refere que «o centro de inovação é valor acrescentado e não uma despesa.»

À semelhança da ideia já transmitida por Alexandre Fonseca, de que a inovação é um dos pilares do trabalho do grupo Altice, também Paulo Neves reforça essa ideia. «Este é o início de um caminho de inovação. Aquilo que hoje aqui é apresentado não é um projecto futuro, não é uma ideia que vamos implementar. É o presente. É a realidade Altice», dizia.

Numa apresentação onde houve espaço para conhecer as instalações do Altice Labs e antigo centro de inovação da PT, os vários engenheiros trabalham em diversas áreas do processo de composição de produto, desde o conceito inicial à impressão de protótipos. É neste centro que são feitos vários testes a produtos – como tempo médio de vida, radiação, testes de acústica, resistência térmica ou testes de descargas eléctricas, que avaliam se os produtos têm capacidade de resistência e de protecção da rede.

Por agora, o grupo conta com mil engenheiros a desenvolver novos projectos em todas as geografias onde a Altice tem operações, com 70% dos recursos humanos localizados em Portugal.

Entre os projectos em desenvolvimento, conta-se a investigação na área da tecnologia 5G. Com o crescimento da Internet of Things e o aumento do número de dispositivos conectados por utilizador, as redes precisam de ter capacidade de resposta para estar à altura do tráfego. O esperado é que esta tecnologia esteja pronta em 2020, com um aumento da capacidade de rede em mil vezes.

Altice Labs

Uma das ideias associadas aos avanços nas redes é a capacidade de virtualização e de tirar partido da cloud. Com esta possibilidade, existe uma redução dos custos e de facilidade de actualização da rede. Numa das demonstrações feitas é apontada a capacidade de resposta quase em tempo real da rede. Uma das ideias da PT é a de que o utilizador de Internet possa fazer a gestão do seu próprio comportamento na Internet, através de um portal onde tem perfis de administrador. Assim, de futuro, será possível bloquear, por exemplo, o acesso a determinados sites ou delimitar períodos de uso, com a rede a responder automaticamente, uma particularidade especialmente interessando para o controlo parental.

Outro buzz dos últimos tempos e uma tecnologia também com potencial de crescimento é a realidade virtual. Um dos projectos apresentados resulta de uma parceria do INESC TEC do Porto, com a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro e a Universidade Aberta, que tem como principal objectivo adquirir conhecimentos e explorar as potencialidades de VR.

Com uma demonstração de uma simulação de jogo, a particularidade é que foram usados dois dispositivos diferentes, que jogam no mesmo ‘ambiente’. Neste caso, Oculus Rift e Google Glass servem para simular um duelo entre navegadores e o Adamastor. Ainda que a experiência esteja em fase exploratória, estes estudos não se destinam apenas ao entretenimento, com as aplicações profissionais e colaborativas como hipóteses apontadas pelos responsáveis do projecto.


PC Guia, 21 de janeiro de 2016

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