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INESC TEC apresenta robô que vai revolucionar a indústria automóvel (Diário Económico)
STAMINA é o primeiro robô da era das máquinas inteligentes para aquela indústria. O instituto foi o parceiro português neste projecto europeu.
O primeiro robô manipulador móvel a desenvolver operações de ‘picking’ na indústria automóvel tem tecnologia portuguesa e é possível vê-lo em solo nacional. Se, até ao momento, o manuseamento de peças neste sector era um problema difícil e com níveis de automação abaixo dos 30%, o projecto europeu ‘STAMINA’ vem resolver essas questões. O ‘STAMINA’ é um sistema robótico com sensorização avançada, planeamento, manuseamento de peças e navegação autónoma e integração no sistema de execução de produção da fábrica.
Actualmente os robôs operam apenas em ambientes onde tudo tenha uma ordem específica e, por isso, ficam desorientados quando algo sai da norma, para além de que cada vez que um produto é alterado numa fábrica, os robôs precisam de ser reprogramados, tarefa morosa e cara.
No entanto, as universidades de Aalborg (Dinamarca), Freiburg (Alemanha), Bonn (Alemanha) e Heriot-Watt (Escócia), a BA Systèmes (França), PS Peugeot Citroen (França) e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), em Portugal, estão prestes a conseguir resolver estas questões que tanto impacto têm nas estruturas das PME.
Em 2013, estas sete instituições juntaram-se num projecto europeu de 5 milhões de euros para desenvolver robôs inteligentes “que possam ir onde for necessário e reagir a alterações que não estão previstas, operando em ambientes não estruturados”, revela o INESC em comunicado.
Os robôs utilizam câmaras e lasers para ‘ver’ o caminho, e o braço robótico que têm pode ser utilizado para uma grande diversidade de tarefas de manuseamento. Para além destas questões, os robôs podem ainda ser programados e controlados mesmo por pessoas sem experiência na área da robótica.
“Este projecto vai abrir novas oportunidades para as PME na área da indústria da produção. Os robôs inteligentes vão permitir às empresas uma actualização mais frequente dos seus produtos e uma capacidade de resposta maior às necessidades dos consumidores, oferecendo produtos customizados sem ser necessário um aumento de preço. As tarefas de montagem final no sector automóvel têm um nível de automação baixo, pelo que o aumento da sua produtividade é uma necessidade na manutenção destes sectores na Europa”, explica Germano Veiga, investigador do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes do INESC TEC.