A primeira funcionalidade permite estimar a flexibilidade de uma rede de distribuição operada pela EDP Distribuição no ponto de interligação com a rede de transporte (operada pela REN – Redes Energéticas Nacionais). Encontra-se implementada numa ferramenta chamada Interval Constrained Power Flow, que considera a flexibilidade de diferentes recursos energéticos distribuídos, nomeadamente sistemas de armazenamento, consumidores flexíveis e outros ativos da rede (por exemplo, baterias de condensadores). Esta ferramenta despertou o interesse da Enedis (operador da rede de distribuição de França) e encontra-se igualmente em fase de testes e demonstração.

A segunda funcionalidade permite otimizar e controlar os recursos da rede de distribuição de forma a minimizar a faturação de energia reativa do operador da rede. Encontra-se implementada numa ferramenta chamada Sequential Optimal Power Flow, contribuindo para uma redução dos custos operacionais, resultando em benefícios para os consumidores e numa melhoria da qualidade de serviço.

Ambas as ferramentas recebem previsões de consumo e produção renovável fornecidas por um algoritmo desenvolvido pelo INESC TEC e encontram-se operacionais para duas redes de distribuição na região norte e sul do país.

Durante o processo de conceptualização, desenvolvimento e operacionalização, a equipa de investigação do CPES envolveu vários investigadores, mais concretamente Jean Sumaili, Jorge Pereira, João Silva, André Silva, Ricardo Bessa, Luís Seca, Manuel Matos, Nuno Fonseca, Filipe Oliveira e Dewan Fayzur. A gestão do grande volume de dados envolveu a colaboração do investigador Pedro Ribeiro do Cento de Sistemas Empresariais (CESE) do INESC TEC.

Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia têm vínculo à seguinte entidade parceira: INESC TEC, UP-FEUP.