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Portugal terá um demonstrador de rede eléctrica inteligente em 2017 (Diário Económico)

Projecto inclui ainda cidades como Bilbao, em Espanha, Gdynia,na Polónia e Amal, na Suécia.

Até 2017 vão ser instalados na Europa quatro grandes demonstradores de redes eléctricas inteligentes, em Portugal, Espanha, Suécia e Polónia. O objectivo é desenvolver e implementar soluções de monitorização e controlo, incluindo novos equipamentos e sistemas, que permitirão potenciar a participação de consumidores finais no mercado energético. Este projecto envolve um investimento de 15,7 milhões de euros, 11,9 milhões dos quais provenientes da Comissão Europeia.

O projecto UPGRID (Soluções inovadoras para a operacionalização e exploração avançada de redes de baixa e média tensão), que começou no início de 2015 no âmbito do programa H2020, está a ser desenvolvido por um consórcio europeu composto por 19 parceiros de sete países europeus, Portugal, Espanha, Polónia, Suécia, Reino Unido, França e Noruega (este último como país associado).

Em Portugal, o local escolhido foi o Parque das Nações, em Lisboa. Em Espanha, Bidelek Sareak Smart Grid, em Bilbao, na Polónia será em Gdynia, na área de Gdansk, e na Suécia, a instalação será feita na cidade de Åmål.

O demonstrador português vai ser levado a cabo pela EDP Distribuição, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), Withus e a NOS, envolvendo mais de 20 mil consumidores residenciais.

Luís Seca, coordenador do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC explica que “vão ser testadas soluções que permitam implementar funcionalidades avançadas em tecnologias já existentes para formar um sistema integrado inteligente”, salientando acreditar que este projecto poderá “melhorar a monitorização e controlo das redes de média e baixa tensão, como forma de antecipar problemas associados a integrações de larga escala de Recursos Distribuídos de Energia”.

Frisa ainda que a grande novidade “é a inclusão de plataformas que permitirão a participação de consumidores finais na operação”. Este é mesmo um dos impactos positivos do projecto. É que, diz Luís Seca, este projecto “vai ter um impacto económico e social muito relevante, na medida em que todo o processo de implementação vai envolver não só consumidores finais, mas também todos os agentes que operam na rede eléctrica”, o que implicará, explica, “uma eventual necessidade de implementação de novas medidas de acesso ao mercado eléctrico, e a introdução de novas políticas regulatórias e de modelos de negócio que deverão diminuir os custos gerais de fornecimento do sistema, beneficiando os consumidores finais e fazendo com que estes participem num ambiente de mercado”.

Diário Económico, 10 de fevereiro de 2016

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