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Incêndios: Podia fazer-se mais e melhor «com menos recursos», diz estudo (Diário Digital)

Um estudo sobre gestão de incêndios em Portugal conclui que uma presença equilibrada e articulada entre a prevenção e o combate é fundamental para fazer mais e melhor e, eventualmente, até com menos recursos do que os aplicados hoje.

A gestão de incêndios em Portugal depende de uma política de articulação e coordenação entre a prevenção e o combate muito maior - esta é a principal conclusão do projeto FIRE-ENGINE, enquadrado no programa MIT Portugal e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A análise parte da convicção de que os incêndios florestais são uma ameaça significativa e que em Portugal, as consequências dos incêndios têm sido graves , tanto em termos de área florestal ardida, como em perdas diretas totais e despesas em prevenção e supressão.

Há diferentes desafios na gestão de incêndios no país porque as regiões de Portugal não são uniformes , analisou o coordenador do FIRE-ENGINE, João Claro, do Instituto de Engenharia e de Sistemas e Computadores (INESC TEC) que, com o Instituto Superior de Agronomia, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o grupo Portucel Soporcel e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), completa o leque de investigadores.

João Claro explicou que ao longo dos quatro anos de desenvolvimento deste projeto têm vindo a ser feitos estudos e "pilotos" (testes no terreno) com ferramentas de simulação.

Na prática, descreveu o coordenador, alguns dos simuladores têm informação relativa à geografia, vegetação e meteorologia , logo permitem simular a propagação do incêndio.

Conseguimos ter um entendimento de onde é mais crítico colocar os meios de combate no sentido de conter o incêndio, ou fazer limpeza de combustível para reduzir o risco. Por exemplo, é útil estudar cenários de evolução da meteorologia para perceber como o incêndio se pode propagar , descreveu.

Em cenários de combate, os "pilotos" foram feitos em incêndios já com alguma dimensão em que há uma gestão mais complexa no terreno , recorrendo a ferramentas dos serviços florestais americanos, as quais estão a ser trabalhadas pela equipa do FIRE-ENGINE de forma a serem adaptadas à informação e metodologia dos cenários nacionais.

João Claro espera a curto/médio prazo ter as ferramentas do projeto a ser usadas pela Proteção Civil ou o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, bem como pelos gabinetes técnicos florestais dos municípios ou em colaboração com as associações de proprietários florestais.

São objetivos do projeto - que foi apresentado no início deste mês a um público especializado, bem como a vários agentes ligados à proteção civil e em setembro/outubro será revelado ao público geral - olhar para a gestão de incêndios numa perspetiva de sistema , ou seja olhar de forma mais abrangente para o problema, considerando simultaneamente várias componentes como a prevenção, o combate e o planeamento .

Diário Digital, 20 de maio de 2015

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