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HighspeedShoeFactory (notícia de imprensa)

Modelo de produção de calçado personalizado

Estes sapatos são personalizados e vão chegar a sua casa em 24 horas

Num mundo em que as vendas pela internet são já não o futuro, mas o presente, a resposta rápida às encomendas é, cada vez mais, uma necessidade. A indústria do calçado foi mais além e desenvolveu o projeto HighspeedShoeFactory, uma nova solução de produção de calçado personalizado em 24 horas e que está já instalada na Kyaia, uma fábrica de Guimarães, a entidade-piloto de teste.

Apoiado pelo Compete, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o HighspeedShoeFactory , um modelo que está orientado para a produção unitária, par a par, é liderado pela Kyaia, mas foi desenvolvido em consórcio por um conjunto de empresas de base tecnológica (CEI - Companhia de Equipamentos Industriais; Flowmat - Sistemas Industriais; Silva e Ferreira e Creativesystems) - e entidades do sistema científico e tecnológico, como a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC TEC) e Centro Tecnológico do Calçado de Portugal.

Na explicação do projeto, o centro tecnológico dá conta de que a indústria de calçado é, tradicionalmente, caracterizada por unidades produtivas constituídas por secções de corte, costura, montagem e acabamento, separadas entre si e com processos de organização e gestão autónomas. “Este tipo de organização cria diversas áreas de stocks intermédios de produtos em curso ao longo da cadeia de fabrico, excesso de movimentação de produtos, materiais e pessoas em atividades que não acrescentam valor aos produtos e processos, com impactos nos tempos de entregas das encomendas, em geral nunca inferior a vários dias ou até semanas.”

“Concebido numa lógica de ‘secção única’ de total flexibilidade e total polivalência”, o novo modelo organizacional em “fluxo único de produção” substitui as tradicionais secções de corte, costura, montagem e acabamento por “sistemas de distribuição automatizada integrados com sistemas de corte automatizado e controlo automatizado online dos fluxos dos produtos e processo”.

 Ou seja, com esta nova tecnologia, o posicionamento dos postos de trabalho na fábrica deixa de ter importância, na medida em que a unidade está totalmente automatizada e interligada por transportadores que asseguram o fluxo das matérias-primas e do produto nos seus vários estádios.

Fortunato Frederico, fundador da Kyaia, mostra-se satisfeito com os resultados já obtidos. “Facilita-nos muito o lay-out e a organização dos trabalhadores o que, logicamente, se traduz em mais produtividade. Quando as tropas estão organizadas vencem mais depressa a batalha”, sublinha.

Num investimento total elegível de 1,491 milhões de euros, correspondente a um incentivo de 981 mil euros, este é apenas um dos projetos desenvolvidos no âmbito do ShoeInov, a rede de inovação do sector do calçado que esteve em vigor durante o quadro comunitário de apoio que agora termina e que permitiu, segundo afirmou ao DN/Dinheiro Vivo o diretor-geral do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, Leandro Melo, o desenvolvimento de 16 projetos, correspondentes a 16,5 milhões de euros investidos e a incentivos concedidos próximos dos 11,7 milhões de euros. Envolvidas estiveram 40 empresas e cerca de 20 entidades do sistema científico e tecnológico nacional.

Dinheiro Vivo, 16 de fevereiro de 2014

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