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Portugueses criam sistema 3D para ajudar doentes epiléticos (Mundo Português)

Uma equipa internacional liderada por investigadores portugueses criou um novo sistema que pode ajudar os médicos no diagnóstico e na definição de terapêuticas para a epilepsia e outras doenças neurológicas, como o Parkinson.

“Uma equipa liderada por portugueses criou o primeiro sistema do mundo que usa tecnologia vídeo-3D, com baixo custo, para extrair movimentos durante crises epilépticas”, revela o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

O novo sistema pode ajudar os profissionais de saúde no diagnóstico e na definição de terapêuticas, para a epilepsia e outras doenças neurológicas, como o Parkinson.

Este sistema está a ser testado há um ano no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique, na Alemanha, mas a equipa de investigadores quer agora disponibilizá-lo a outras unidades de monitorização de epilepsia.

“O facto de se tratar de um sistema de baixo custo faz com que tenha potencial de generalizar o seu uso em unidades de diagnóstico e tratamento de epilepsia em todo mundo, mesmo nos países em desenvolvimento”, explica o INESC TEC.

“O nosso sistema 3D consegue extrair trajetórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados e, em conjunto com o EEG (electroencefalograma), oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e decisões terapêuticas em epilepsia”, explicou João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do INESC TEC, e responsável pelo projeto.

O sistema não requer nenhum tipo de intervenção nem no doente nem na cama onde estes doentes são monitorizados, uma vez que junta vídeo de grande qualidade (HD) a um radar de infravermelhos de alta velocidade para obter 30 imagens 3D por segundo. Os sensores 3D foram sincronizados com a atividade cerebral (EEG) do doente monitorizado e estão a ser utilizados em ambiente real hospitalar, em Munique, num centro médico que serve oito milhões de habitantes só nesta área da neurologia.

Este trabalho desenvolvido por investigadores do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique foi publicado a 22 de janeiro, na revista ‘PLoS ONE’.

Mundo Português, 19 de fevereiro de 2016

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