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Controlar a epilepsia com tecnologia 3D (PC Guia)

Abrimos esta edição com 3D e também a vamos fechar, no Sleep, com este tema. Entre os dois textos estão mais de cem anos de história e muitas evoluções tecnológicas. Uma delas fez com que investigadores portugueses do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique conseguissem criar o primeiro sistema do mundo que usa tecnologia vídeo 3D (com baixo custo) para extrair movimentos durante crises epilépticas.

Este novo sistema pode ajudar os profissionais de saúde no processo de diagnóstico e na definição de terapêuticas, não s6 em epilepsia, mas também noutras doenças neurológicas, como por exemplo na doença de Parkinson.

«O nosso sistema 30 consegue extrair trajectórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 20 anteriormente ,utilizados e. em conjunto com o EEG, oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e decisões terapêuticas em epilepsia», explica João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), responsável por este projecto inovador.

De acordo com os investigadores, o objectivo passa agora por disponibilizar este sistema, que está a ser testado há um ano no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique, a outras unidades de monitorização de epilepsia e colaborar com elas para o bem dos doentes. O facto de se tratar de um sistema de baixo custo faz com que «tenha o potencial de generalizar o seu uso em unidades de diagnóstico e tratamento de epilepsia em todo mundo, mesmo nos países em desenvolvimento», sublinha o docente responsável.

O sistema não requer qualquer tipo de intervenção: nem no doente nem na cama onde os pacientes são monitorizados, uma vez que junta vídeo HD a um radar de infravermelhos de alta velocidade para obter 30 imagens 3D por segundo.

A cereja no topo do bolo foi a publicação do trabalho na revista PLoS ONE, uma publicação na área de Life Sciences & Earth Sciences do Google Scholar: «A publicação deste nosso novo desenvolvimento ria PLoS ONE é o reconhecimento de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver nesta linha de I&D e pode ser uma porta para que mais portugueses consigam publicar as suas descobertas nesta que é uma das mais reconhecidas revistas a nível mundial», conclui o docente.

PC Guia, 1 de março de 2016

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