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Tecnologia para controlar óleos de fritura desenvolvida em Portugal (Diário de NotÃcias)
Esta inovação terá impacto na saúde pública, já que muitas doenças estão relacionadas com ingestão de óleos usados na fritura.
Uma
tecnologia portuguesa vai permitir controlar a qualidade dos óleos de
fritura, que face à legislação em vigor não podem ter mais de 25% de
compostos polares, informou hoje o INESC TEC, uma das entidades
desenvolvedoras. Esta nova plataforma de análise,
denominada Eyefry, surge porque "os sistemas que atualmente existem
colocam questões de robustez e fiabilidade", sendo que se colocou a
ideia de poder investir numa solução que conjugasse "a facilidade de uso
e o baixo custo analÃtico e resultados confiáveis", anunciou
em comunicado o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores,
Tecnologia e Ciência (INESC TEC), um dos parceiros envolvimentos no
lançamento desta tecnologia. Os outros foram a Ambifood (que
fornece sistemas de análise rápidos nos domÃnios ambiental e alimentar),
a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e o Laboratório
de QuÃmica da ASAE criou esta tecnologia. Esta inovação, destaca o comunicado,
"tem impacto na saúde pública, uma vez que existe uma relação de
casualidade entre a ingestão de óleos usados na fritura, a sua
degradação e o aparecimento de certas patologias". Através
de sistemas óticos e de 'software' de registo e controlo de dados por
meio de um 'smartphone', que por sua vez está conectado com o sistema
geral de controlo de dados, através de um 'software' próprio, o Eyefry
insere-se "num mercado em expansão, com um produto inovador capaz de
criar postos de trabalho dedicados e tendo em vista a
internacionalização", afirma o CEO da Ambifood, Artur Melo e Castro,
citado no comunicado.
Este
produto destina-se às entidades que atuam na indústria alimentar e para
quem os controlos são obrigatórios, considerando as questões legais e
económicas.
"Para além dos benefÃcios económicos que o
projeto Eyefry vai trazer, está provada uma relação de causalidade entre
a ingestão de óleos usados na fritura, a sua degradação e o
aparecimento de certas patologias, tais como doenças degenerativas,
oncológicas, envelhecimento precoce, entre outras", pode ler-se no
documento. Os resultados do projeto vão ser apresentados
terça-feira, 30 de junho, no Workshop final do projeto Eyefry, no
Auditório B do INESC TEC, com inÃcio marcada para as 14:15. Na
apresentação estarão presentes membros IAPMEI, do Centro Hospitalar do
Porto e da ASAE, para discutir as implicações deste tema na saúde
pública, o seu enquadramento e controlo oficial e interesse prático. Este
projeto foi financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte
("ON.2 - O Novo Norte"), do Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).