Acções do Documento
Portugueses criam a "app mais segura" para guardar fotos (Jornal de NotÃcias)
Uma equipa de investigadores do INESC TEC criou uma aplicação que é apresentada como a forma "mais segura" para guardar fotografias.
A aplicação móvel de fotografias mais segura do mercado é portuguesa e faz parte de um projeto europeu, o SafeCloud, um consórcio liderado pelo INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência).
A SafeCloud Photos é uma aplicação de fotografias que se distingue pela forma como guarda as fotografias. Por cada foto guardada pelo utilizador são produzidos dois ou mais pedaços de informação, que se espalham por serviços diferentes de armazenamento online, tornando os dados invioláveis, segundo os investigadores.
"Cada um dos pedaços em que a fotografia fica dividida não revela absolutamente nenhuma informação sobre a foto, que só pode ser acedida nos nossos dispositivos, pois apenas estes têm acesso simultâneo a todos os pedaços. Não existe, neste momento, nenhuma aplicação no mercado que ofereça o mesmo nÃvel de segurança oferecido pela SafeCloud Photos", explica Francisco Maia, investigador do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC, o polo do INESC TEC na Universidade do Minho, e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da app.
De acordo com o investigador, apesar do foco principal da app ser a privacidade, a aplicação de fotografia pretende ser muito completa, permitindo ao utilizador beneficiar de uma privacidade elevada sem ter de abdicar das facilidades já oferecidas por outras aplicações no mercado.
Outras aplicações como a Dropbox, OneDrive, entre outros exemplos, foram criticados pela falta de segurança que têm. Entre os crÃticos destas opções está Edward Snowden, assistente técnico da CIA que em 2013 revelou os programas de vigilância dos EUA.
A nova aplicação de fotografias, que pode ser descarregada de forma gratuita a partir do dia 8, vai ser apresentada no INESC TEC, no Campus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Jornal de NotÃcias, 6 de setembro de 2016